A Apple assumiu o primeiro lugar nas vendas de smartphones no mercado chinês pela primeira vez no ano passado, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26), apesar da crescente concorrência de fabricantes nacionais, como a Huawei. 

A quota de mercado da gigante tecnológica americana na segunda maior economia do mundo situou-se em 19%, segundo o fornecedor de dados do setor Canalys. 

As suas vendas em 2022 foram afetadas pelo corte da produção nas fábricas, consequência da política "covid zero" do país, e pela postura endurecida de Pequim em relação à empresa.

No ano passado, veículos de comunicação afirmaram que os funcionários de certas agências governamentais chinesas foram instruídos a não usar iPhones no trabalho, devido a preocupações com a proteção de dados. 

O Ministério das Relações Exteriores da China disse em setembro que não existia tal proibição, mas observou que alguns relatórios revelaram "incidentes de segurança relacionados a telefones celulares da Apple". 

Três fabricantes nacionais, Vivo, Oppo e Honor, ficaram atrás da Apple no ano passado, com quotas de mercado na China de 16% cada.

Houve também o ressurgimento da Huawei, gigante chinesa que os Estados Unidos acusaram de espionar para o governo chinês. 

No quarto trimestre "retornou ao top 5 do mercado de smartphones da China continental, após dez trimestres", segundo Lucas Zhing, analista da Canalys.

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