A decisão da Academia de não indicar ao Oscar a diretora e a protagonista de "Barbie", filme de maior bilheteria em 2023, causou indignação nas redes sociais, onde choveram publicações do público, astros de Hollywood e outras personalidades.

“Embora possa ser doloroso vencer nas bilheterias mas não levar o ouro para casa, seus milhões de fãs as adoram”, publicou hoje Hillary Clinton, que perdeu as eleições presidenciais de 2016 para Donald Trump. “Ambas são mais do que Kenough” (trocadilho em inglês com 'suficiente'), afirmou, referindo-se a uma das falas do filme.

A Academia anunciou ontem as indicações à 96ª edição do Oscar, principal prêmio de Hollywood. Barbie recebeu oito indicações, entre elas a de melhor filme, mas Greta Gerwig e sua protagonista, Margot Robbie, ficaram de fora das categorias de direção e atuação. 

Ryan Gosling, por sua vez, foi indicado a melhor ator coadjuvante por sua interpretação de "Ken", o que as redes sociais não deixaram passar em branco: "Indicar o Ken, e não a Barbie, foi muito acertado, em se tratando de um filme em que um homem descobre o poder do patriarcado no mundo real”, publicou um usuário no X.

A chuva de críticas foi liderada pelo próprio Gosling, que expressou em comunicado sua decepção, seguido por Simu Liu, um Ken rival no filme: "Elas merecem tudo. Elas SÃO tudo."

"Não indicaram Greta Gerwig? Isso pode ser verdade?", publicou o rei do terror, Stephen King.

A indignação ofuscou a indicação inesperada de America Ferrera a melhor atriz coadjuvante. A intérprete de "Gloria" comemorou sua primeira indicação ao Oscar, mas lamentou a ausência das colegas: “Foi uma decepção incrível elas não terem sido indicadas."

A Academia indicou Greta Gerwig e seu marido, Noah Baumbach, na categoria melhor roteiro adaptado, enquanto Margot Robbie, como uma das produtoras do filme da Warner Bros., irá disputar a estatueta dourada na categoria de melhor filme.

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