O príncipe Harry desistiu de seguir com o processo por difamação contra o tabloide britânico Mail on Sunday pela publicação de um artigo sobre sua proteção policial quando visita o Reino Unido, informou nesta sexta-feira (19) o jornal Daily Mail, do mesmo grupo.

O artigo, veiculado em fevereiro de 2022, acusava, de forma equivocada — segundo a defesa —, Harry de ter "mentido" e "tentado manter em segredo" o seu recurso contra o governo para tentar obter proteção policial em suas visitas ao Reino Unido.

O filho mais novo do rei Charles III, que tem inúmeros processos contra a mídia sensacionalista britânica, apresentou uma ação que teria permitido solucionar o caso sem ir a julgamento. Entretanto, os tribunais a rejeitaram em dezembro, estabelecendo que o príncipe deveria pagar 48 mil libras (quase 300 mil reais na cotação atual) ao editor do jornal.

Frente à necessidade de defesa do caso perante os tribunais, o duque de Sussex "admitiu sua derrota", informou nesta sexta-feira o Daily Mail.

"Harry jogou a toalha e seus advogados informaram ao Tribunal Superior às 10H00 da manhã que 'abandonou' o caso", acrescentou o jornal.

O príncipe terá agora que pagar os custos judiciais do jornal, que chegam a 250 mil libras (quase 1,5 milhão de reais), bem como os honorários de seu próprio advogado, totalizando mais de 750 mil (4,6 milhões de reais), adicionou o tabloide.

"Harry está focado na segurança de sua família, e não em procedimentos judiciais que dão uma plataforma contínua às falsas alegações do Mail durante todos esses anos", reagiu um porta-voz do duque de Sussex, acrescentando que é "prematuro" especular o valor total dos custos legais.

Harry e sua esposa, Meghan Markle, romperam os laços oficiais com a família real e se mudaram para os Estados Unidos, uma vez que não possuem mais o direito à proteção policial custeada pelo contribuinte britânico. 

O filho mais novo de Charles III, que por vezes tem de recorrer à segurança privada, solicitou o benefício da proteção policial durante suas viagens ao Reino Unido, mas os tribunais rejeitaram este pedido em maio.

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