O papa Francisco recebeu nesta quinta-feira (18) uma delegação do Partido Comunista do Vietnã, como parte dos esforços para melhorar os laços entre o Vaticano e o país do Sudeste Asiático, que cortaram as relações diplomáticas em 1975.

A reunião a portas fechadas ocorre após meses de aproximação. 

Em julho de 2023, Vietnã e Santa Sé deram um passo importante ao concordarem que o Vaticano enviasse um representante residente ao país comunista, após um encontro entre o presidente vietnamita, Vo Van Thuong, e o papa Francisco, em Roma.

Este anúncio se concretizou com a nomeação do monsenhor Marek Zalewski em dezembro, e depois Francisco recebeu um convite formal de visita ao país.

O secretário de Relações do Vaticano com Estados e Organizações Internacionais, monsenhor Paul Richard Gallagher, anunciou nesta quinta-feira que viajará ao Vietnã em abril.

"Essa será a próxima etapa", e o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado, viajará provavelmente mais tarde durante o ano, disse a jornalistas.

"Estamos convencidos de que as coisas avançaram", afirmou.

Questionado sobre uma eventual visita do papa Francisco ao país, o monsenhor Gallagher disse que o papa "tem muita vontade de ir", mas que antes precisa superar uma "série de etapas". 

No fim da Guerra do Vietnã, em 1975, o governo comunista expulsou o núncio apostólico, o representante diplomático do Vaticano. 

Em 2009, um grupo de trabalho foi criado para abrir caminho para a normalização das relações bilaterais. 

Este país do Sudeste Asiático tem cerca de seis milhões de católicos, que representam 6% de sua população.

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