Os dinamarqueses não poderão mais adotar menores no exterior, pois a única agência deste país nórdico que prestava esse serviço anunciou nesta terça-feira (16) o encerramento de suas atividades.

A Agência Dinamarquesa de Adoções Internacionais (DIA) "iniciou uma liquidação controlada de suas atividades como intermediário no âmbito das adoções internacionais", conforme declarado em comunicado.

A decisão foi tomada após o anúncio do Ministério dos Assuntos Sociais de suspender as adoções provenientes dos cinco países com os quais a agência trabalhava: Filipinas, Índia, Tailândia, África do Sul e República Tcheca, após relatos de irregularidades cuja natureza exata não foi revelada.

A DIA também operava em Taiwan.

A agência afirmou que não tem outra opção senão fechar. "A adoção internacional não pode mais, nas condições atuais na Dinamarca, ser gerenciada por uma ONG como a nossa", indicou a DIA.

Atualmente, a agência gerencia 36 casos, cujo futuro não ficou claro.

Na Dinamarca, o número de adoções internacionais diminuiu drasticamente desde 2010, quando foram registrados 418 casos.

Na Noruega, a Administração de Assuntos Familiares (Bufdir) decidiu em dezembro encerrar as adoções de crianças provenientes das Filipinas, Tailândia e Taiwan após vários casos de adoções ilegais denunciados pela imprensa.

Desde o início do ano, também foi decretado que nenhum casal pode iniciar um processo de adoção de crianças sul-coreanas.

A Bufdir recomendou ainda a suspensão de todas as adoções do exterior por dois anos, até que uma comissão de investigação apresentasse seu relatório, mas o governo descartou a ideia e pediu para acelerar a entrega do relatório.

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