Um jovem sueco foi preso no Irã no início de janeiro, anunciou, nesta segunda-feira (15), o Ministério das Relações Exteriores da Suécia, em um contexto de tensão entre os dois países.

A prisão acontece após uma decisão da Justiça sueca que confirmou, em dezembro, a condenação à prisão perpétua de um ex-funcionário penitenciário iraniano, Hamid Nury, por seu papel nas execuções em massa de opositores ordenadas por Teerã em 1988.

O sueco, de vinte e poucos anos, "foi detido no Irã no início de janeiro", disse à AFP o Ministério das Relações Exteriores sueco.

"A embaixada em Teerã está em contato com as autoridades locais. O Ministério das Relações Exteriores está em contato com a família na Suécia", ressaltou o ministério em um e-mail, sem fornecer mais detalhes, apelando à "confidencialidade consular".

Em 19 de dezembro, um tribunal de apelação na Suécia confirmou a sentença de primeira instância que havia condenado Hamid Nury à prisão perpétua "por graves violações do direito internacional humanitário e por assassinatos". 

No dia seguinte, o Irã convocou o encarregado de negócios da Suécia para protestar contra a sentença. 

Os grupos de direitos humanos estimam que pelo menos 5.000 prisioneiros foram executados no Irã em 1988 por sentenças pronunciadas por "comitês da morte". 

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