O Ministério de Energia do Equador anunciou no sábado que a operação de um campo de petróleo na reserva amazônica Yasuní foi retomada após um bloqueio por protestos indígenas.

O "processo de reinício da perfuração levará três dias; porém, os poços serão liberados hoje" no Campo de Ishpingo, província de Orellana (nordeste), informou a pasta em boletim no sábado.

Na quarta-feira, a Petroecuador havia evacuado funcionários e contratados que estavam no campo.

Ishpingo, junto com os campos Tiputini e Tambococha, forma o Bloco 43-ITT, localizado dentro da reserva natural de Yasuni. 

Segundo a pasta, a ministra de Energia, Andrea Arrobo, "liderou com sucesso" uma mesa de negociações entre o governo, autoridades locais e líderes comunitários, que concordaram com o fim da paralisação. 

Os protestos da comunidade Kawymeno, da etnia waorani, começaram em 25 de dezembro e provocaram "a redução de cerca de 17.000 barris de petróleo por dia" desde a última quarta-feira, segundo a Petroecuador.

Os equatorianos decidiram em um referendo realizado em agosto pela suspensão das atividades petroleiras neste bloco, onde o governo deve desmobilizar sua infraestrutura.

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