O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu aos Estados Unidos nesta quinta-feira (28) pelo desbloqueio de uma nova parcela de ajuda militar e instou seu aliado a manter essa ajuda "essencial", cujo futuro parece cada vez mais incerto. 

Washington concedeu a Kiev um pacote de 250 milhões de dólares (1,2 bilhão de reais) que inclui munições e sistemas de defesa aérea para enfrentar os ataques da Rússia. 

Para a Ucrânia, essa boa notícia tem um gosto amargo, já que se trata da última parcela disponível sem uma nova votação no Congresso dos Estados Unidos, que no momento se nega a alocar mais dinheiro.

"Agradeço ao presidente Joe Biden, ao Congresso e ao povo americano", reagiu Zelensky nesta quinta no X, antigo Twitter, considerando que essa ajuda cobrirá "as necessidades mais urgentes da Ucrânia". 

A "liderança americana" entre os aliados de Kiev exerce um papel "essencial na luta contra o terror e a agressão", elogiou. 

"Para defender a liberdade e a segurança na Ucrânia, na Europa e também nos Estados Unidos, devemos seguir respondendo de maneira firme e decidida a agressão russa", concluiu o presidente. 

Depois de um ano de 2023 decepcionante para a Ucrânia, cuja grande contraofensiva não deu os resultados esperados na frente de batalha, Kiev teme uma retirada dos países ocidentais.

Em Washington, assim como na Europa, a ideia de um apoio incondicional rachou, enfraquecida pelas divisões políticas sobre o alto custo que essa ajuda militar representa. 

Ainda assim, os aliados de Volodimir Zelensky seguem afirmando que não abandonar Kiev. 

A embaixadora americana no país, Bridget Brink, recordou nesta quinta que "as necessidades financeiras para ajudar a Ucrânia a se defender seguem sendo críticas e urgentes".

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