As Nações Unidas nomearam, nesta terça-feira (26), uma ministra holandesa como coordenadora humanitária para Gaza, após a resolução do Conselho de Segurança na semana passada que solicitava o envio "imediato" e "em larga escala" de ajuda ao território palestino.

"O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou hoje o nome de Sigrid Kaag, dos Países Baixos, como Coordenadora Superior Humanitária e de Reconstrução para Gaza", informou a ONU em comunicado.

A nomeação de Kaag, ministra das Finanças do governo holandês em fim de mandato, ocorre em um momento em que a população de Gaza enfrenta uma grave emergência humanitária, com a ajuda sendo reduzida ao mínimo devido aos contínuos bombardeios de Israel a esta faixa costeira densamente povoada.

Ela começará a trabalhar em 8 de janeiro, conforme anunciado pela ONU.

Kaag "facilitará, coordenará, supervisionará e verificará a entrega de ajuda humanitária a Gaza" e também será responsável por "estabelecer um mecanismo da ONU para agilizar a entrega de ajuda humanitária a Gaza por meio de Estados que não façam parte no conflito", disse o porta-voz de Guterres no comunicado.

Kaag é vice-primeira-ministra e ministra das Finanças dos Países Baixos desde janeiro de 2022. Anteriormente, ocupou vários cargos de alto nível na ONU, incluindo o de coordenadora especial para o Líbano e a Organização Conjunta para a Proibição das Armas Químicas e a Missão das Nações Unidas na Síria.

A resolução do Conselho de Segurança da ONU da semana passada pedia "o fornecimento seguro e sem obstáculos de ajuda humanitária em larga escala", mas não exigia o fim imediato dos combates.

A guerra em Gaza começou quando o grupo islamista palestino Hamas atacou o sul de Israel em 7 de outubro, matando cerca de 1.140 pessoas, na maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP com base em números israelenses.

Os combatentes do Hamas fizeram 250 reféns, dos quais 129 permanecem em Gaza.

Em resposta, Israel lançou extensos bombardeios aéreos, seguidos de uma invasão terrestre. A campanha resultou na morte de 20.915 pessoas, de acordo com o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

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