O movimento islamista Hamas pediu neste sábado (23) uma investigação internacional sobre as "execuções sumárias" que acusa o exército israelense de ter cometido na Faixa de Gaza desde o início da guerra.

Em comunicado, o Hamas afirmou ter reunido depoimentos que comprovam que "o exército israelense realizou a execução sumária de 137 civis palestinos" no norte de Gaza desde 7 de outubro.

O grupo acusou o exército israelense de ter "cavado uma grande vala no leste da cidade de Gaza e colocado lá dezenas de cidadãos detidos antes de matá-los a tiros e preencher a vala", sem especificar quando ocorreram os fatos.

O exército não respondeu de imediato a um pedido de comentário da AFP.

Também neste sábado, o Ministério da Saúde do Hamas disse que dezenas de palestinos foram "executados" publicamente durante uma operação militar israelense na cidade de Jabalia (norte).

O corpo armado israelense não se referiu especificamente a essas acusações, mas indicou que realiza operações "contra alvos militares, de acordo com as disposições do direito internacional".

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos instou na quarta-feira Israel a abrir uma investigação sobre "a possível prática de um crime de guerra" pelo exército israelense na Cidade de Gaza, após receber "informações preocupantes" sobre a morte de "11 homens palestinos desarmados".

Israel afirmou que se tratavam de acusações "infundadas e carentes de toda veracidade".

Pelo menos 20.258 pessoas morreram na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelense, segundo o Hamas.

A guerra começou em 7 de outubro, após a incursão de combatentes islamistas que mataram cerca de 1.140 pessoas no sul de Israel e sequestraram cerca de 240, de acordo com o balanço das autoridades israelenses.

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