O chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez, confirmou, nesta terça-feira (19), que irá se reunir com o líder separatista catalão Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para evitar a justiça espanhola, e cujo apoio foi fundamental para o socialista conquistar um novo mandato.

Em conversa informal com jornalistas no Palácio da Moncloa, Sánchez informou que serão realizadas várias reuniões, ainda sem data marcada.

O secretário-geral do partido de Puigdemont, Juntos pela Catalunha, Jordi Turull, havia antecipado na semana passada que Sánchez se reuniria com o líder separatista para "aprofundar a resolução do conflito político" entre o separatismo catalão, que protagonizou uma tentativa de secessão em 2017, e o governo central.

Sánchez iniciou um novo mandato em novembro, graças ao apoio, entre outros, dos sete deputados do partido de Puigdemont, em troca de promover uma lei de anistia para os separatistas catalães processados por sua participação na tentativa de independência de seis anos atrás.

O projeto de lei tramita no Congresso e deve ser aprovado nos próximos meses, abrindo o caminho para o retorno de Puigdemont à Espanha. Sánchez disse que prefere que suas reuniões com o líder separatista aconteçam após a aprovação da lei de anistia.

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