A droga K pode ter provocado mortes de detentos em presídios da Grande BH
Em apenas dois dias de operação, mais de cem pontos da droga K4 foram encontrados em dois presídios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A ação foi instaurada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), e intitulada “operação K9”. O objetivo é encontrar drogas, especialmente as sintéticas da família K, dentro do sistema prisional.
A primeira etapa foi realizada nessa terça-feira (7/5) no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves. A segunda inspeção ocorreu nesta quarta-feira (8/5) no Presídio Antônio Dutra Ladeira, no mesmo município. Após os dois primeiros dias da operação, foi realizado o levantamento que registrou mais de cem pontos da droga K.
Para inspeção, os detidos estão sendo retirados das celas. Policiais das unidades, do Comando de Operações Especiais e do Grupamento de Intervenção Rápida estão envolvidos no processo.
Neste segundo dia de operação, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Rogério Greco, esteve presente e afirmou que esforços não serão medidos para evitar a presença de itens ilícitos dentro das penitenciárias. Ao todo, 250 policiais penais estão envolvidos na ação.
Em nota, o Departamento Penitenciário afirmou que a entrada de drogas como a K é de difícil detecção em razão da especificidade do material, visto que ela pode estar borrifada em pequenos pedaços de papel facilmente camuflados até mesmo em roupas.
Em abril deste ano, o Depen-MG registrou mortes que estão sob investigação e que geraram suspeitas de uso excessivo da droga nas penitenciárias da Grande BH.
*Estagiária sob supervisão do Editor-assistente Edu Oliveira