Manifestantes promoveram um

Manifestantes promoveram um "buzinaço" e fecharam a Avenida Afonso Pena, em 11 de março

crédito: Tulio Santos/EM/D.A.Press

Motoristas de aplicativo e motoboys prometem fazer nova manifestação, na segunda-feira (25/3) e terça-feira (26/3), em Belo Horizonte contra o Projeto de Lei (PL) que regulamenta a profissão da categoria e foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 4 de março.

 

Na segunda-feira, o protesto é dos motoboys que trabalham por aplicativo. A concentração acontece ao meio-dia, na Praça do Papa, Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul da capital. De lá os manifestantes devem descer a Avenida Afonso Pena até a Praça Sete, no Centro. Os organizadores do movimento esperam reunir cerca de 200 profissionais.

 

Já na terça-feira, a manifestação é dos motoristas de aplicativo e começa às 9h30 também na Praça do Papa. Depois, os profissionais seguem até a Praça Sete, Avenida Amazonas, Praça Raul Soares, Avenida Olegário Maciel, Rua Rodrigues Caldas até a Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

 

Essa não é a primeira manifestação da categoria. Em 11 de março, os manifestantes promoveram um “buzinaço” e fecharam a Avenida Afonso Pena, em frente ao Palácio das Artes, no Centro da capital.

 

Contra a regulamentação

 

Ederson Junio de Carvalho, conhecido como Júnior motoboy, é um dos organizadores da manifestação. Ele diz que os trabalhadores são autônomos e não querem a regulamentação da profissão da maneira que está sendo feita. “Eles querem criar regras, um sindicato que decida e fale por nós. Não queremos isso”, afirma.

 

Ele lembra que em 2013, os profissionais tiveram o mesmo problema. “Criaram a Lei 12.009, que é uma lei federal, que dá poder ao município para se criar uma nova lei. Foi criada uma lei municipal, a 110.220, que abrange todos os motociclistas. No mesmo ano, começou a fiscalização, tivemos motos presas, não podíamos trabalhar.”

 

Júnior diz que os profissionais foram multados, obrigados a fazerem cursos e não tiveram nenhum benefício. “Hoje ninguém mais cumpre a lei. Ficou para ‘inglês ver’. A mesma cena que aconteceu em 2013, acontece, de novo, agora. Não queremos sindicato envolvido. Pode ser que tenhamos um representante que fale por nós”, afirma.