Arquitetura brasileira em miniatura -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Arquitetura brasileira em miniatura

crédito: Túlio Santos/EM/D.A Press

 

Está mais próximo dos belo-horizontinos o equipamento cultural que retrata séculos da história brasileira e sua arquitetura de uma maneira bem diferente. O Museu das Reduções, antes localizado em Amarantina, distrito de Ouro Preto, agora chega a Belo Horizonte, com a exposição de 29 réplicas em miniatura de construções feitas ao longo de cinco séculos em diversos lugares no Brasil. A casa das famosas miniaturas agora é o Mercado de Origem, na Região Oeste da capital mineira.


O projeto do Museu das Reduções foi iniciado em 1978, quando quatro irmãos, após se aposentarem, iniciaram a reprodução de grandes monumentos arquitetônicos brasileiros. As réplicas, além de terem os mesmos detalhes, são feitas também com os mesmos materiais utilizados nas edificações originais, sem aplicação de produtos sintéticos ou industrializados. O acervo do museu conta com a representação de monumentos espalhados em 24 municípios de 15 estados brasileiros. “É um trabalho inédito e referência nacional em educação patrimonial. Existem outros parques temáticos em miniaturas, mas não temos notícia de algum outro que tenha esse contexto, utilizando as técnicas e ferramentas que foram criadas de maneira exclusiva por quatro pessoas com mais de 60 anos”, explica Carlos Alberto Vilhena, filho de um dos idealizadores e diretor do museu.


Antes de chegar a BH, o museu teve outras moradias, sendo a mais recente em Cachoeira do Campo, também distrito de Ouro Preto. “O museu ficou mais de 20 anos em Amarantina, até que teve que fechar em 2016 pela falta de movimento. Dois anos depois, tentamos reviver o equipamento em um espaço localizado em Cachoeira do Campo, mas foi exatamente na mesma época da pandemia (de COVID-19) e acabou não funcionando também”, conta Carlos. A proposta de trazer o museu para BH veio da Fundação Doimo, responsável pelo Mercado de Origem. “A ideia do mercado era também ter um polo cultural e o museu funciona como essa âncora. Os projetos educativos, inclusive, são o grande foco do museu atualmente. Já atendemos 30 mil alunos da rede pública e temos garantidos para este ano de 2024 recursos para atender ainda mais”, afirma.


Segundo o diretor, as construções favoritas dos visitantes são os prédios dos séculos 16, 17 e 18, principalmente o casario do século 18 e a primeira hidrelétrica da América do Sul, inaugurada em 1889 em Juiz de Fora. Em relação às construções mais recentes, do século 20, o destaque vai para a igreja da Pampulha, feita pelo arquiteto Oscar Niemeyer em Belo Horizonte. A reprodução do santuário é uma das mais detalhadas, com a presença dos bancos, do altar, os quadros da Via Sacra, o mezanino e o painel feito por Candido Portinari (1903-1962) nos azulejos na parte de trás da igreja. “O museu é uma aula de geografia, história e matemática, é imperdível mesmo. As portas são abertas para todos os públicos, jovens, adultos e idosos. A gente só tem retorno positivo dos visitantes, todo mundo sai daqui encantado”, finaliza.


*Estagiária sob supervisão da subeditora Rachel Botelho

Serviço

Museu das Reduções/Mercado de Origem

Rua Adriano Chaves e Matos, 447 - Olhos D'Água, Belo Horizonte

Aberto de quinta a domingo, das 10h às 17h

Ingressos: inteira a R$ 20,00 e meia a R$10,00

Telefone: (31) 99727-3658