Tainá Castro cuida dos animais 24 horas por dia -  (crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press)

Tainá Castro cuida dos animais 24 horas por dia

crédito: Jair Amaral/EM/D.A.Press

Uma protetora de mais de 100 cães e gatos, faz um protesto na manhã desta quarta-feira (3/1) por causa de uma ordem de despejo de um imóvel pelo Poder Judiciário de Minas Gerais. A propriedade fica na rua Juarez Teixeira Pinto no bairro Betânia, região Oeste de Belo Horizonte.

Quem conta a história é a veterinária, Tainá Castro, que mora no local com a mãe e filha, além de cuidar dos animais 24 horas por dia. “Estamos sendo injustiçadas. Julgaram nosso caso errado, ele devia ter sido julgado como federal e foi estadual. O terreno que temos hoje pertence à União e o Estado quer dar ele para uma pessoa particular”, afirma.


No terreno, a veterinária cuida de mais de 100 cães e gatos resgatados da rua. “Todos eles são castrados, microchipados e depois são encaminhados para adoção responsável. Tem animais que fazem fisioterapia e outros tomam remédio controlado. Eles não podem ir para rua”, conta.

mulheres segurando uma faixa em protesto contra o estado

O protesto acontece na manhã desta quarta-feira (3/1), no bairro Betânia

Jair Amaral/EM/D.A.Press

Ires Rezende, que também trabalha com a veterinária, ajudando a cuidar dos animais, diz que Tainá foi enganada ao comprar o terreno onde mora desde 2019. “A área pertence ao DNIT, mas uma pessoa que se disse proprietária - e que já foi indenizada pelo DNIT há mais de 30 anos, entrou com uma acusação para tentar nos despejar e, mesmo com as provas em cartório de que ele não é mais o proprietário, o juiz deu causa ganha para ele”, denuncia.

Ela diz que o homem que ajuizou o pedido da ordem de despejo, ainda continua se comportando como dono do local. "Ele quer o lugar para um estacionamento de carreta, isso dá muito dinheiro para ele. O Supremo Tribunal Federal é que tem que julgar a causa, o Estado não tem poder para fazer isso", afirma. 

Tainá disse ainda que suas provas não foram analisadas e que o caso não passou por um juiz federal que, segundo ela, é quem poderia atuar em relação ao patrimônio público. “Não temos para onde ir com os animais”, diz.

Resposta do DNIT 

O DNIT esclarece que a área questionada, bairro Betânia, integra o trecho do Anel Rodoviário de Belo Horizonte que está concedido. A autarquia informa ainda que o Departamento não é parte da mencionada ação judicial.