Augusto de Lima (1859-1934), Afonso Pena (1847-1909), Chrispim Jacques Bias Fortes (1847-1917) e Aarão Reis (1853-1936) compõem monumento instalado no parque desde 1970, depois de uma passagem pela Praça Sete -  (crédito: Gines Gea Ribera/Arquivo EM)

Augusto de Lima (1859-1934), Afonso Pena (1847-1909), Chrispim Jacques Bias Fortes (1847-1917) e Aarão Reis (1853-1936) compõem monumento instalado no parque desde 1970, depois de uma passagem pela Praça Sete

crédito: Gines Gea Ribera/Arquivo EM

uatro importantes personagens históricos envolvidos na construção da cidade “apreciam” juntos a paisagem do Parque Municipal Renné Giannetti, no Centro. Augusto de Lima (1859-1934), Afonso Pena (1847-1909), Chrispim Jacques Bias Fortes (1847-1917) e Aarão Reis (1853-1936) compõem monumento instalado no parque desde 1970, depois de uma passagem pela Praça Sete. A ideia de prestar a homenagem partiu do vereador Geraldo Pontes, 60 anos depois da inauguração da capital mineira, em 12 de dezembro de 1897. Em um projeto de lei apresentado em 27 de setembro de 1957, o político propôs a construção do monumento. O projeto foi aprovado e sancionado pelo então prefeito Celso Mello de Azevedo no mesmo ano, dando origem à Lei nº 672, de 21 de dezembro de 1957. No entanto, o monumento só foi construído na gestão seguinte, de Amintas de Barros, já em 1962 pelo escultor Hildegardo Leão Veloso, no Rio de Janeiro.


Augusto de Lima era presidente interino da Província de Minas Gerais nomeado pelo governo federal e foi o responsável pela proposta de mudança da capital do estado de Minas Gerais, quando encaminhou ao Congresso Mineiro a Lei nº 3, adicional à Constituição Estadual, com o objetivo de que a mudança da capital ocorresse para local que reunisse as condições ideais. Outro homenageado foi Afonso Pena, presidente de Minas Gerais, o equivalente ao cargo atual de governador do Estado, no qual oficializou a mudança para a Nova Capital. O terceiro foi Chrispim Jacques Bias Fortes, também chefe do Executivo estadual e encarregado da inauguração da Cidade de Minas, que depois foi renomeada como Belo Horizonte. Por fim, também foi homenageado o responsável por chefiar a Comissão Construtora da Nova Capital (CCNC), o engenheiro, urbanista e empresário Aarão Reis.


O monumento foi inaugurado em 1963, quando as imagens foram trazidas a BH e fixadas na Praça Sete, no encontro das avenidas Afonso Pena e Amazonas, no local onde hoje está instalado o obelisco construído em comemoração ao centenário da Independência do Brasil, em 1922. Contudo, em 1970, a prefeitura trouxe o “pirulito” de volta ao seu lugar de origem e os bustos tiveram de se mudar. O destino foi o anfiteatro do Parque Municipal. Por lá, os bustos ficaram até 2005, quando uma nova alteração de local ocorreu. A administração municipal resolveu levar as imagens a uma área próxima à sede do parque, onde foi construída a Praça dos Fundadores e instalado o monumento até hoje.


*Estagiário sob supervisão da subeditora Rachel Botelho