Concerto da Banda da Polícia Militar levou clima de fraternidade ao hipercentro, enquanto a corporação lançava a Operação Mercado da Rua -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Concerto da Banda da Polícia Militar levou clima de fraternidade ao hipercentro, enquanto a corporação lançava a Operação Mercado da Rua

crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A Press

 

Reforço na segurança e do calor humano às vésperas do Natal. Sem revelar qual o incremento de efetivo, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) lançou ontem a operação Mercado da Rua, prometendo que agentes e viaturas estarão presentes em todas as vias do hipercentro de Belo Horizonte, área de forte fluxo de consumidores. A nota do calor humano veio também da PM. Enquanto policiais fardados e com o auxílio de câmeras de monitoramento vigiavam os corredores de comércio mais movimentados, a banda da corporação levou para as ruas da mesma região um clima de fraternidade e doação com a execução de músicas de Natal e clássicos do rock.


“Recebemos um efetivo e recursos hipotecados de outras unidades e garantimos que quem vier ao hipercentro vai ver policiais em todos os corredores, viaturas em circulação constante e lançamento de operações ao longo de todos os dias até o fim do Natal”, disse o tenente Hamilton Silva, coordenador de operações do Gipercentro, que é de responsabilidade da 6ª Companhia do 1º Batalhão da PMMG.
De acordo com o tenente Hamilton, entre as unidades do Comando de Policiamento Especializado (CPE) que auxiliarão nessa operação, estão integrantes do Batalhão de Choque, Polícia Militar de Trânsito, Cavalaria e motocicletas. “Cada um desses militares terá uma ação específica para potencializar a segurança, que é o objetivo da PM com o incremento de pessoas que virão ao Centro nesta época de Natal”, disse.


O reforço agradou os comerciantes. “A presença da PM é sempre positiva na época natalina, que é a melhor do ano para o comércio em geral. Essa segurança se reflete diretamente em mais compras. Nosso último pedido de auxílio aos policiais foi com relação ao trânsito. Um apoio que contribua para tirar os nós do trânsito, que aumenta nesta época e que pode impactar negativamente se não for bem conduzido”, disse o vice-presidente de Relações Públicas e Sociais da Câmara de Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH)., Fausto Sebastião Izac.


Para ele, a presença da polícia “incentiva perfis de consumidores que sentem mais segurança em shoppings a se animar para a experiência viva que é estar no Centro e viver a cidade. A sensação de liberdade de ver as lojas, as ruas, os monumentos, participar da cidade, principalmente após o confinamento da COVID-19, é uma celebração da liberdade”.


“A sensação de segurança é muito importante, até para o lado psicológico e para a decisão de uma pessoa se deslocar até o Centro para fazer compras. Muito se fala sobre a insegurança na região e muita coisa nem sempre é verdade. Por isso, mostrar que a PM está junto e presente é uma grande ajuda na tomada dessa decisão do consumidor e para a paz dos comerciantes”, afirma o presidente da Associação dos Comerciantes do Hipercentro, Flavio Froes.


O representante dos comerciantes cita, ainda, a importância para a época do Natal e para o dia a dia de outras medidas de segurança na região. “A ampliação do monitoramento de segurança das ruas pelas câmeras e o aplicativo novo lançado para proteger os celulares são ações que ajudam na segurança e reduzem a possibilidade de prejuízos com roubos e furtos”, disse o presidente da associação.


“A segurança vai ser ainda fundamental, pois o comércio de Natal no Centro vai até domingo (amanhã), com as lojas abertas e muita gente fará compras de última hora. Tem também um movimento de trocas até a terça-feira (26/12) e depois já entramos no período de material escolar”, complementa Froes.

SEM VACILAR

Vítima de furtos, o diretor administrativo Nelson Antônio Gonçalves, de 66 anos, disse se sentir mais seguro e à vontade para fazer compras e até ir à missa na Igreja São José com o incremento de policiamento nas ruas. “Com certeza, a segurança que a polícia na rua traz para todos é muito boa. Com ela, o bandido tem menos oportunidades”, afirma Nelson. “Só não pode vacilar, porque o bandido procura a menor chance para agir. Por isso, ando sempre com tudo no bolso, bobear com o celular na mão ou no bolso de trás como vejo muitos fazerem”.


Com a bolsa voltada para frente, a diarista Jussara Lopes de Souza, de 58 anos, afirma se sentir muito mais segura vendo a polícia circulando pelas ruas centrais. “O policiamento impõe mais respeito. Faz essa malandragem que se aproveita dos descuidos pensar duas vezes antes de arriscar tomar as coisas dos trabalhadores. Apoio totalmente. Mas também não me descuido. Ando observando tudo, olho para os dois lados e as vezes até para trás”, disse.

ATENÇÃO COM O CELULAR

O tenente Hamilton afirma que a segurança começa com atitudes defensivas das próprias pessoas. Contudo, recomenda cuidados específicos com os telefones celulares. “O celular é o item mais visado pelos autores (criminosos), pois é uma moeda de troca rápida depois do furto. Motoristas devem procurar circular com os vidros dos carros fechados para que os autores não tomem os aparelhos. Não deixe o celular no bolso de trás da calça. E procure locais fechados e seguros se precisar usar o aparelho”, recomenda.


Em caso de furto ou roubo, a PM deve ser acionada imediatamente. “É importante que a pessoa ligue para o 190 ou procure algum policial militar, que no hipercentro será facilmente encontrado. Para aumentar a efetividade da recuperação do bem levado é importante que se informe as características dos autores, a sua rota de fuga e as características do bem levado, como o número imei no caso do telefone celular”, recomenda.