Bebidas foram apreendidas pela Polícia Civil durante operação -  (crédito: PCMG/Divulgação)

Bebidas foram apreendidas pela Polícia Civil durante operação

crédito: PCMG/Divulgação

Foi solto após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (19), o comerciante e ex-policial militar de 58 anos suspeito de vender bebidas adulteradas e falsificadas em uma distribuidora no Bairro Citrolândia, em Betim, na Grande BH. Na cidade, duas pessoas morreram na última semana suspeitas de intoxicação alcoólica.

O homem foi detido na segunda-feira (17), após uma operação da Polícia Civil. Com ele, foram encontradas mais de 35 bebidas com suspeita de adulteração e falsificação. Além de ser solto, a Justiça determinou a suspensão de venda de bebidas no estabelecimento comercial do suspeito.

“Acolho ainda o requerimento do MP afeto a suspensão da atividade empresarial, tendo em vista a presença de elementos a indicar a prática da infração no exercício da mesma, caso em que, para evitar a reiteração delitiva e com base no art. 319, inciso VI do CPP, determino a suspensão da atividade ligada ao comércio e distribuição de bebidas alcoólicas, devendo para tanto ser oficiada a autoridade policial e o município de Betim, ficando também neste ato cientificado o investigado da suspensão da referida atividade”, disse o juiz Leonardo Cohen Prado na decisão.

Os casos foram denunciados durante o fim de semana. Na semana passada, além dos dois mortos, outros três pacientes foram internados em unidades de saúde da cidade com sintomas de intoxicação alcoólica. As vítimas relataram ter bebido um tipo de uísque artesanal, o que levantou a hipótese de que eles tenham ingerido uma bebida adulterada. Nesta segunda, outros quatro casos entraram no radar da investigação.

A investigação do caso segue com o Departamento de Fraudes da Polícia Civil, em Belo Horizonte. A prefeitura de Betim criou um grupo para investigar o caso e orientou que os médicos da cidade monitorassem o aparecimento de mais casos em todas as UPAs. A situação é monitorada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), e da Vigilância Sanitária estadual e municipal.

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), até o final da tarde de hoje (20), o suspeito seguia preso no presídio de Jaboticatubas.