Investiu nos pretos, blacks, off white, preto com branco. Mixou, ainda, couro ecológico com tecidos planos -  (crédito: fotos: leca novo/divulgação)

Investiu nos pretos, blacks, off white, preto com branco. Mixou, ainda, couro ecológico com tecidos planos

crédito: fotos: leca novo/divulgação

 

Nos anos 1990, o coração de Belo Horizonte pulsava na moda. A cidade já contava com um pool de marcas reconhecidas, era considerada o segundo polo fashion do Brasil, só perdendo para o Rio de Janeiro, e o setor caminhava a todo vapor para a profissionalização.


Foi nesse período que Regina Salomão resolveu abrir uma confecção com seu nome, levando na bagagem suas habilidades com linhas e agulhas, disposta a conquistar uma fatia do mercado.


Três décadas depois e muitas reinvenções nas áreas de criação, tecnologia e relacionamento, a marca é conhecida nacionalmente, tem dois showrooms em Belo Horizonte e São Paulo e um outlet, além de comercializar produtos via e-commerce.


A empresária e sua filha e sócia, Cristina Salomão, que cresceu em meio a tecidos e máquinas de costura, construíram uma empresa sólida. Essa história teve um novo capítulo com a entrada de Júlia Salomão, filha de Cris, no negócio e, agora, outro, com a aposentadoria de Regina.


O resultado dessa escalada é uma fórmula imbatível: o equilíbrio para vestir mulheres em todos os momentos, do street às ocasiões mais importantes. Fiel à receita bem-sucedida, a marca apresentou o desfile Secret Garden Runway, durante a semana do Minas Trend, com stylist de Rick Cavalcanti, que é também responsável pelas campanhas das coleções.


O local escolhido fazia alusão a esse jardim secreto, combinando natureza com sofisticação urbana, sonho com realidade. Focando na temporada de inverno, que está se iniciando nas lojas, o objetivo foi ressaltar as ofertas da coleção que está nos showrooms, agilizando a pronta-entrega.


“O principal era passar uma informação para os lojistas, revelando a versatilidade das peças e suas composições na passarela”, observa Rick, que procurou representar a variedade de estilos segundo os momentos da vida das mulheres que curtem a marca.


Primeiramente, vieram os tons vibrantes de amarelo, azul, fúcsia, mas ele misturou também terrosos e cinzas, investiu nos pretos, blacks, off white, preto com branco. Mixou, ainda, couro ecológico com tecidos planos e acrescentou a textura dos pelos para trazer volume e o aconchego do inverno, além de explorar as sobreposições como recurso do styling.


Vale ressaltar as presenças da alfaiataria e das peças em tweed, crochê bordado e cetim. Os shapes vieram amplos e justos, com destaque para as linhas A e H. “As longas echarpes nas cores da coleção traziam movimento para a passarela e unidade para o desfile”, pontua Rick, que não perdeu de vista o tema da coleção e os subtemas contidos no jardim secreto da Regina Salomão.