Os tradicionais ovos de chocolate dividem espaço nas mídias com outros  produtos da época -  (crédito: Túlio Santos EM DAPRESS)

Os tradicionais ovos de chocolate dividem espaço nas mídias com outros produtos da época

crédito: Túlio Santos EM DAPRESS

 

Páscoa é sinônimo de renascimento. Neste domingo, os cristãos comemoram a ressureição de Jesus Cristo. Mas não é de hoje que a data religiosa se tornou uma "doçura" para o mercado. Explorando o forte apelo emocional do período santo, a publicidade se especializou em transformar a data em uma das mais rentáveis do calendário sazonal do país. O dia é de veneração, de orações e júbilo a Cristo. Mas também é momento para expressar carinho com ovos de chocolate, em reuniões familiares para saborear deliciosas bacalhoadas ou pratos típicos à base de peixes e, claro, com um bom vinho à mesa. E, ainda, de trocar presentes, o que faz a roda da economia girar.

Responsável por turbinar o desejo dos consumidores com campanhas que vão das tradicionais ações nos pontos de vendas aos sofisticados comerciais com uso de Inteligência Artificial, o mercado projeta crescimento de 15% no total de inserção publicitária este ano. E tomando como base a intensidade das principais mídias, o período pascal pode superar as expectativas em 2024.

O cenário positivo vem da confiança das marcas na crescente qualidade do mercado publicitário, que estão cada vez mais eficientes em impulsionar vendas. Mesmo com o aumento no custo do produto principal da época, o chocolate, o mercado varejista adota a estratégia de oferecer ao consumidor uma variedade de produtos além daqueles que compõem a cesta da Páscoa. Tais como bichos de pelúcia, brinquedos, jogos eletrônicos, cartões criativos e kits montados, roupas (infantis e de adultos), joias e bijuterias entre outros.

A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostra que com expectativa de crescimento, o volume de vendas relacionado à Páscoa deve ultrapassar R$ 3,4 bilhões neste ano. A entidade prevê aumento de 4,5% em relação ao ano passado, que registrou movimento de R$ 3,29 bilhões.

E se depender do mercado publicitário a temporada será de sucesso. Uma recente pesquisa da Tunad, plataforma de inteligência de mídia, reforça a onda de otimismo. O estudo mostra que o investimento em anúncios publicitários sobre a Páscoa teve aumento de 133% em 2023, em comparação a 2022. Um salto de R$6 milhões para R$14 milhões no período de um ano. A companhia analisou comerciais de TV aberta e por assinatura, e registrou aumento de 30% no número de inserções. Em 2022, foram 1.253, contra 1.635 no ano seguinte.

As campanhas, no entanto, vão muito além dos ovos de Páscoa. O estudo mostra que em 2022, o destaque foi para bebidas não alcoólicas, produtos alimentícios e varejo alimentar. Já no ano passado, as bebidas não alcoólicas continuaram liderando, mas dividiu investimentos com produtos financeiros e redes varejistas. Entre as marcas, a Dolly liderou as inserções nos dois últimos anos, sendo que dobrou suas aparições em 2023 (312 e 617, respectivamente). A segunda posição em 2022 era ocupada pela Cacau Show (246), desbancada pela Viva Sorte no ano passado (272).


O MAIS DESEJADO

A maior presença em mídia, porém, não significa ser a mais desejada do consumidor. Na disputa entre as grandes marcas, estudo da SoluCX, empresa líder em pesquisa de satisfação e NPS (Net Promoter Score), os ovos da Cacau Show, pelo segundo ano consecutivo, foram os mais desejados entre os consumidores (33,8%). Marcas como Nestlé (25,6%), Lacta (19,5%), Garoto (9,2%) e Ferrero Rocher (5,6%) também foram citadas pelos respondentes.

O levantamento também revelou que para os consumidores, a qualidade e o sabor dos ovos de páscoa (38,8%) são mais relevantes do que o preço (24,9%). Entretanto, o custo do produto é o principal fator para 76,5% dos respondentes não comprarem o item, apesar de deseja-los. As razões para comprar variam: 62,9% afirmaram que é por gostar de chocolate, já 19,5% para presentear familiares ou amigos e 10,5% por tradição. E seja como for, se você enquadra ou não em um desses grupos de pessoas, feliz Páscoa! 

Briefing

TOP OF QUALITY
Pela sexta vez consecutiva, o SBT/Alterosa recebeu o prêmio "Top Of Quality Brazil/Edição Nacional 2024". A emissora foi selecionada pelo critério credibilidade e qualidade em serviços e produtos oferecidos no meio empresarial, com índice satisfatório em pesquisa de opinião pública.

INTERNACIONAL
A solenidade ocorreu de forma presencial e via remota em âmbito nacional, no Radisson Oscar Freire, em São Paulo. Na ocasião estiveram presentes líderes de diversas organizações e setores. O prêmio é patenteado pelo I.N.P.I. (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), e tem atuação internacional, mais precisamente na Europa e no continente Africano.

RECUPERAÇÃO
O mercado publicitário mantém sua trajetória vertiginosa de crescimento. Superando os reflexos da instabilidade causada pela pandemia da Covid 19, estudo realizado pelo Cemp-Meios indica crescimento de 10,4% nos investimentos em mídia em 2023.

RESILIÊNCIA
Houve aumento de R$23,4 bilhões em comparação aos R$21,2 bilhões do mesmo período de 2022. O estudo ouviu 336 agências de publicidade e registra que a aplicação dos recursos se manteve estável na casa dos 10% nos últimos 12 meses, reiterando a resiliência e retomada do setor.

AGÊNCIAS CRESCEM
Outra pesquisa, realizada pelo Ecossistema Sinapro/Fenapro, indica que o cenário foi de estabilidade ou crescimento para 80% das agências, e que a percepção de um futuro melhor se ampliou para 70%. A pesquisa VanPro, junto a 309 agências de 20 Estados e do Distrito Federal, mostram que a maioria apresentou crescimento no ano passado e prevê perspectivas positivas em 2024.

RECEITAS
Na análise da VanPro, 80% das agências apontaram estabilidade ou crescimento de receita (valor pago, excluídos os investimentos dos anunciantes). Entre as que cresceram, 30% tiveram incremento de receita acima de 30% em 2023, comparativamente a 2022.

EVOLUÇÃO
A pesquisa mostra que há um cenário de continuidade na evolução da receita: para 53,4%, ela está em alta e, dessas, 51,5% (27,5% do total) apontam crescimento superior a 30%. Por outro lado, 20,4% indicam perda de receita e 10% delas reclama perda superior a 30% em 2023. As que apontaram estabilidade representam 26,2% das entrevistadas.