Com o povão na rua, pequenos comerciantes e ambulantes esperam faturar alto
 -  (crédito: Leandro Couri/em/d.a press)

Com o povão na rua, pequenos comerciantes e ambulantes esperam faturar alto

crédito: Leandro Couri/em/d.a press

O folião mineiro ouve cada vez mais números gigantescos que envolvem o novo Carnaval de Belo Horizonte. A folia deve movimentar R$ 1,8 bilhão em Minas Gerais, conforme projeção da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult). Esse faturamento representa aumento de 20% em relação ao ano passado. Só na capital, espera-se faturamento superior a R$850 milhões, valor superior aos R$720 milhões de 2023. São esperados 12,1 milhões de foliões e turistas em todo o estado, sendo 6,6 milhões no interior e 5,5 milhões na capital. No país, o período de festa deve gerar cerca de R$ 9 bilhões.

Mas quem disse que a festa é só dos milhões? O Carnaval movimenta a indústria cultural do país o ano inteiro. Porém, na sombra das grandes marcas, é neste período, com os foliões lotando as ruas, alamedas e avenidas que os "pequenos" fazem a folia e giram a microeconomia. É fato que o comércio informal está cada vez mais "formal" na capital mineira. A Prefeitura de BH cadastrou e espera cerca de 20 mil ambulantes trabalhando nas ruas. Cada folião deve gastas, segundo pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), cerca de R$125,90 por dia. Boa parte desse valor, certamente, irá para os bolsos dos "pequenos empreendedores".

Setores de comércio e serviços também estão otimistas. A pesquisa da CDL/BH mostra que o faturamento deve aumentar quase 43% em relação ao ano passado. O aumento de turistas na cidade faz crescer também o otimismo dos hotéis, bares, restaurantes, lojas de vestuário e calçados, supermercados, entre outros.

A pesquisa mostra ainda que bebidas não alcoólicas (44,9%) e alcoólicas (35,4%) despontam como os itens mais consumidos no período. Já produtos do segmento de alimentação (34,3%), vestuário (24,2%) e adereços (11,8%) completam o ranking do movimento financeiro desses estabelecimentos e dos ambulantes na Capital.

A Belotur anunciou acordos que somam R$ 5,5 milhões de patrocínios para este Carnaval. A maior fatia do investimento vem do governo de Minas Gerais, que, por intermédio da Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), aportou verba de R$ 4 milhões. Já a CDL-BH garantiu presença com patrocínio de R$ 500 mil (cota de apoio). O restante dos investimentos - R$ 1 milhão - vem do Sistema Fecomércio-MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais. Também estão garantidas verbas para infraestrutura, com aporte de R$ 10,3 milhões, que servirá para a viabilização de infraestrutura, serviços e fornecimento de apoio logístico para os festejos carnavalescos. A rede de supermercados Mart Minas completa o grupo de investidores, com aporte de R$ 500 mil este ano.

CRESCIMENTO

Antes da pandemia, o público na cidade foi cerca de 4,5 milhões de foliões, arrastados por quase 350 blocos e 390 cortejos, de acordo com a Prefeitura de BH. A organização contou com cerca de 2 mil guardas municipais e de 9 mil policiais militares. Estima-se que ao menos 15 mil pessoas estiveram trabalhando de alguma forma nas ruas. E para manter a "casa em ordem", cerca de 1.500 garis comandaram o ritmo da limpeza.

Este ano, mais de 500 blocos estão confirmados. A região Centro-Sul é a que mais recebe bloquinhos, com previsão de 195 blocos na regional. Savassi, Floresta, Santa Tereza e Santa Efigênia são os bairros com mais opções para os foliões. Serão 85 blocos na zona Leste, 53 na Noroeste, 50 na Nordeste, 48 na Regional Pampulha, 33 na Regional Oeste, 20 na Norte, 16 no Barreiro e dez em Venda Nova.

A festa é popular também na propaganda e publicidade. As grandes marcas lucram no período momesco, ocupando espaços nobres, principalmente nos grandes desfiles. Mas existem ótimos exemplos de empresas pequenas que aproveitam o período de folia para lançar novos produtos, fidelizar mais clientes e melhorar seu posicionamento de mercado. Assim, usar estratégias bem planejadas, recorrer a táticas de guerrilha, estabelecer contato direto com o consumidor são exigências comuns no período. É importante, no entanto, respeitar os espaços dos patrocinadores oficiais, especialmente por aqueles que assinaram o compromisso.

Contudo, com desemprego e inflação ainda em alta, a festa chega em boa hora para os pequenos comerciantes. Enquanto alguns pulam para se divertir, outros mantêm os pés no chão para faturar um dinheirinho extra. Assim, mais do que nunca, a marchinha dos micros e dos ambulantes será "Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí". 

Briefing 

BOLA OVAL & REDONDA
Kansas City Chiefs e San Francisco 49ers são os responsáveis pelo show dentro do campo do Allegiant Stadium, em Las Vegas, na disputa do Super Bown neste domingo. Mas fora dele, as marcas exibem campanhas exuberantes no evento mais caro da publicidade mundial. A marca de cerveja Michelob uniu Lionel Messi e o ator Jason Sudeikis, que ficou famoso dando vida a Ted Lasso na série homônima.

DRIBLANDO NA PRAIA
Lasso é um treinador de futebol americano que acaba migrando para o soccer. Além deles, quem também aparece como protagonista no vídeo é um dos ídolos da NFL, Dan Marino, ex-astro do Miami Dolphins, da NFL. No filme, Messi pede uma cerveja Michelob Ultra, mas a torneira quebra. A garçonete oferece outra marca e ele recusa: "Não, não, não, Michelob Ultra". Depois, Messi aparece driblando torcedores ao ser reconhecido numa praia, enquanto espera um copo de cerveja da marca. Veja o vídeo 

RAROS E CAROS
Saber quanto custa uma publicidade no Super Bowl é tão importante quanto quem levou o título da temporada. Ao menos no universo da propaganda e publicidade. E pelo segundo ano consecutivo, o custo médio de um anúncio de 30 segundos durante o Super Bowl gira em torno de US$ 7 milhões. Traduzindo: cerca de R$ 35 milhões. Não vale? Pois saiba que a tendência do custo de um anúncio no
Super Bowl é continuar a subir nas
próximas temporadas.

ALCANCE GLOBAL
Especialistas entendam que, em um universo publicitário cada vez mais fragmentado, eventos com capacidade de alcance de massa estão cada vez mais raros. E, consequentemente, são cada vez mais disputados pelas marcas globais. O que reafirma a relevância de eventos ao vivo na TV aberta. No ano passado, mais de 115 milhões de pessoas assistiram ao Super Bowl.

CLIENTELA NOVA
Uma das agências mais tradicionais da capital mineira, a Interface, especializada em comunicação corporativa, vai passar o Carnaval comemorando quatro novos clientes em sua carteira: Polico Alimentos; Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG); Elysian Petroleum, Bloc Arquitetura e Empreendimentos. Sucesso!

CRIA RECONHECIDA
Que diz que "Santo de casa não faz milagres" é porque não conhece a Cria UFMG. A agência da Universidade Federal de Minas Gerais acaba de ser reconhecida como a maior empresa júnior de comunicação do Brasil. A Cria UFMG é vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais, composta por estudantes de Jornalismo, Relações Públicas e Publicidade e Propaganda. A agência é especializada em oferecer soluções de comunicação inovadoras e de alta qualidade para diversos clientes.