A pediatra Dra. Geórgia Lopes explica que adoecer faz parte do desenvolvimento na primeira infância. Resfriados, gripes, diarreias, febres e tosses são comuns e, na maioria das vezes, não indicam um problema grave. O ponto central, segundo ela, é como os pais reagem diante dessas situações.
A forma como o responsável lida com a doença influencia diretamente o processo de recuperação da criança. Transmitir medo, ansiedade ou insegurança pode gerar estresse emocional, o que, por sua vez, pode prolongar o tempo de melhora. Já oferecer calma, apoio e amor fortalece emocionalmente a criança, ajudando o corpo a se recuperar de maneira mais equilibrada.
Por que ficar doente na primeira infância é esperado?
Durante os primeiros anos de vida, o sistema imunológico da criança ainda está em formação. O contato com diferentes vírus e bactérias faz parte desse processo de amadurecimento, permitindo que o corpo aprenda a se defender. Isso significa que episódios de doenças comuns são, na maioria dos casos, uma etapa natural do crescimento saudável.
A Dra. Geórgia reforça que nem toda situação exige remédio imediato. Muitas vezes, o organismo precisa apenas de tempo, repouso e um ambiente emocional seguro para restabelecer o equilíbrio.
Como a postura dos pais afeta a recuperação da criança?
A reação dos pais funciona como um “termômetro emocional” para os filhos. Quando a criança percebe que os responsáveis estão tranquilos e confiantes, sente-se mais segura, o que contribui para reduzir o estresse e favorecer a recuperação. Por outro lado, atitudes de desespero ou nervosismo podem gerar tensão emocional, prejudicando o processo de cura.

Oferecer presença, atenção e afeto é tão importante quanto seguir as orientações médicas. Isso não substitui cuidados profissionais, mas complementa o tratamento, criando um ambiente favorável à melhora.
Quando procurar atendimento médico?
Apesar de muitas doenças na infância serem autolimitadas, é essencial saber identificar sinais de alerta que exigem avaliação profissional. Febre persistente, dificuldade para respirar, sonolência excessiva, vômitos repetidos, diarreia intensa e recusa alimentar são alguns exemplos que devem levar os pais a buscar atendimento pediátrico imediato.
Além disso, sempre que houver dúvida sobre a gravidade do quadro, o mais seguro é consultar o médico para garantir que a criança receba a conduta adequada.
Como criar um ambiente seguro para a recuperação infantil?
Medidas simples podem fazer diferença: manter a criança hidratada, oferecer alimentação leve e nutritiva, garantir um espaço tranquilo para descanso e evitar exposição a situações estressantes. O contato físico, como abraços e carinho, também contribui para o bem-estar emocional, fortalecendo a resposta do corpo contra a doença.
Segundo a Dra. Geórgia, cuidar da saúde física e emocional da criança é um ato complementar. Pais presentes, tranquilos e amorosos ajudam a transformar a doença em um processo menos traumático e mais rápido de superar.
Fontes oficiais consultadas:
- Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): https://www.sbp.com.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS): https://www.who.int
- Ministério da Saúde (Brasil): https://www.gov.br/saude




