Remédio para enxaqueca e dor de cabeça é um tema que gera dúvidas até entre quem sofre com essas crises com frequência. Segundo o Dr. Paulo Abner, médico especialista em enxaqueca (@drpauloabnerenxaqueca), usar o medicamento inadequado não apenas falha em aliviar a dor, como pode cronificar o problema. Um dos maiores erros, segundo ele, é recorrer a analgésicos com cafeína, como é o caso de medicamentos comuns nas farmácias.
O médico destaca que, em vez de melhorar, essas opções causam um efeito chamado “dor rebote”, dificultando o controle das crises. A recomendação é priorizar medicamentos específicos para enxaqueca, como os triptanos, além de evitar a automedicação sem aval profissional. Saber escolher o remédio certo na hora certa faz toda a diferença no tratamento e na prevenção.
Por que evitar analgésicos com cafeína para enxaqueca?
Muitos analgésicos populares contêm cafeína, substância que pode parecer eficaz à primeira vista, mas que tende a piorar a enxaqueca com o uso frequente. Dr. Paulo Abner explica que esse tipo de medicação está entre os principais responsáveis por desencadear o efeito rebote, em que a dor retorna com mais intensidade e frequência após o fim da ação do remédio.
Medicações como cefaliv e outros analgésicos combinados devem ser evitados como primeira escolha. O ideal é que o paciente tenha um esquema definido com o médico, respeitando as características de cada tipo de dor. O uso inadequado de medicamentos sem orientação contribui para transformar uma dor esporádica em um quadro crônico.
Quais são os remédios mais eficazes para tratar a enxaqueca?
Para quem já tem diagnóstico de enxaqueca, a indicação é optar por medicamentos da classe dos triptanos, que atuam de forma específica nos mecanismos envolvidos na crise. Exemplos incluem sumatriptano, naratriptano, rizatriptano, entre outros. Eles estão disponíveis em versões comerciais como Naramig e Maxalt.
Essas medicações têm a vantagem de agir diretamente nos receptores cerebrais ligados à dor da enxaqueca, reduzindo tanto a intensidade quanto a duração do episódio. É importante lembrar que o uso correto desses fármacos requer prescrição e acompanhamento profissional, pois cada caso exige uma abordagem individualizada.
E quando a dor de cabeça é leve ou ocasional?
Para dores leves e esporádicas, que não estão associadas à enxaqueca, Dr. Paulo Abner indica o uso de analgésicos simples como ibuprofeno, desde que não haja contraindicações, como problemas renais. Outro medicamento comum é a dipirona, muito vendida no Brasil, mas que deve ser usada com cautela devido ao risco de uso frequente.

Mesmo em casos leves, a automedicação não é o melhor caminho. Se a dor for recorrente, o ideal é investigar as causas e avaliar junto a um profissional o melhor plano de tratamento. Evitar o uso excessivo de analgésicos simples é uma medida essencial para não agravar o quadro a longo prazo.
Por que o ideal é não precisar de remédios?
A melhor abordagem, segundo Dr. Paulo Abner, é prevenir a enxaqueca antes que ela comece. Isso é possível com ajustes no estilo de vida, acompanhamento especializado e medicação preventiva quando indicada. O uso de remédios deve ser uma estratégia pontual, e não o centro do tratamento.
O conhecimento sobre os triptanos e demais opções é essencial para que o paciente não dependa do remédio no improviso. Ter um plano claro para agir no momento certo é o que diferencia o controle efetivo da enxaqueca do ciclo vicioso da dor recorrente e da automedicação.
Fontes oficiais consultadas
- Sociedade Brasileira de Cefaleia: www.sbcefaleia.com.br
- Organização Mundial da Saúde (OMS): www.who.int
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): www.gov.br/anvisa




