O Festival de Cannes de 2025 foi marcado por reações diversas, principalmente após a exibição de “Eddington“, o novo filme de Ari Aster. Conhecido por suas direções em “Hereditary” e “Midsommar”, Aster apresentou mais uma vez um trabalho que desafia as convenções, mergulhando em temas complexos e muitas vezes controversos. Essa produção provocativa está prevista para chegar aos cinemas italianos no próximo 18 de julho de 2025, distribuída pela I Wonder Pictures em parceria com a Wise Pictures.
Situado no contexto dos primeiros dias da pandemia de COVID-19 em 2020, “Eddington” apresenta uma narrativa que se desenvolve em uma pequena cidade do Novo México, uma localidade fictícia que remete aos conflitos e mistérios de Twin Peaks. O enredo gira em torno do xerife Joe Cross, interpretado por Joaquin Phoenix, uma figura patética e muitas vezes incompetente, que precisa lidar com rivalidades antigas, especialmente com o prefeito da cidade, Ted Garcia, interpretado por Pedro Pascal. Essa trama revela não apenas tensões pessoais, mas também lança um olhar crítico sobre eventos sociais e políticos significativos da época.
Quem são os personagens principais em “Eddington”?
Joe Cross, interpretado por Joaquin Phoenix, é o centro desse drama. Descrito como um policial ineficaz, ele enfrenta uma batalha emocional e profissional contra Ted Garcia, interpretado por Pedro Pascal, o prefeito de Eddington. Essa rivalidade é intensificada por antigas desavenças pessoais, uma vez que Joe foi casado com Louise, uma mulher fragilizada por distúrbios mentais, que anteriormente teve um relacionamento com Ted.
Quais temas sociais “Eddington” aborda?
A obra de Aster não se limita ao enredo pessoal, já que explora questões sociais latentes nos Estados Unidos durante 2020. O filme reflete sobre a violência policial e as tensões raciais desencadeadas após a morte de George Floyd, trazendo um grupo de jovens ativistas antirracistas para a trama. Aster utiliza esses elementos para fazer uma crítica à hipocrisia moral e ao estado social, usando tanto humor negro quanto imagens impactantes.

Como “Eddington” se diferencia dos outros filmes do gênero?
Em “Eddington”, Ari Aster mescla diferentes estilos, criando uma experiência cinematográfica única. O filme transita entre o horror psicológico e a comédia satírica, desafiando as expectativas do público. A utilização de estilos visuais e narrativos variados faz com que a obra se destaque, explorando não apenas o lado sombrio da natureza humana, mas também as falácias dos sistemas sociais e políticos. Um dos elementos que gera mais discussões entre os críticos é a escolha de ambientar partes da trama dentro de prédios históricos da fictícia Eddington, cujo visual faz referência a pequenas cidades do Sudoeste dos Estados Unidos, reforçando o caráter único do longa.
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Qual é o impacto cultural previsto para “Eddington”?
Com a previsão de que “Eddington” chegue aos cinemas no outono europeu, espera-se que o filme provoque discussões acaloradas sobre interpretação artística e relevância social. A capacidade de Ari Aster em capturar a complexidade das emoções humanas, aliada a uma narrativa que aborda questões contemporâneas, irá certamente engajar tanto críticos quanto o público em geral, reforçando seu status como um dos diretores mais inovadores da atualidade. Nas últimas semanas, a expectativa cresceu ainda mais após a exibição do longa em Cannes, com diversas plataformas digitais, como Twitter e Letterboxd, registrando debates sobre as referências ao clima político daquele período.
Essa obra vai além do mero entretenimento, servindo como um espelho da sociedade moderna, confrontando seus espectadores com temas desafiadores e, ao mesmo tempo, convidando a uma reflexão profunda sobre a condição humana e suas complexas interações sociais.