Depois de oito décadas no mercado, a Joann encerrou definitivamente suas operações nos Estados Unidos. A decisão veio após uma nova recuperação judicial e a venda dos ativos ao GA Group, que optou pela liquidação total da rede.
O plano inicial previa manter parte das lojas, mas as dificuldades financeiras e a falência iminente mudaram o rumo: todas as unidades foram fechadas até o fim de maio de 2025.
Como a crise do varejo físico afetou a Joann?
A pandemia de Covid-19 foi o estopim da crise enfrentada por varejistas de nicho como a Joann. A queda abrupta no tráfego de clientes e a dificuldade de adaptação ao digital agravaram o cenário.
Enquanto concorrentes como TJ Maxx se reinventaram rapidamente, empresas voltadas ao público artesanal perderam espaço e relevância frente ao novo comportamento de consumo.
Quantas lojas a Joann fechou durante o processo de liquidação?
A Joann encerrou mais de 800 lojas em todo o país, incluindo cerca de 440 unidades apenas em maio. A liquidação em massa marcou o fim de uma das redes mais tradicionais do setor de artesanato nos EUA.
As promoções chegaram a até 90% de desconto, numa tentativa de escoar o estoque e fechar as portas de forma definitiva.

Por que a Joann não conseguiu se adaptar ao varejo moderno?
Mesmo após o retorno das atividades presenciais, a Joann falhou em modernizar sua operação. A experiência de compra física não acompanhou as mudanças no comportamento do consumidor.
O público se tornou mais digital, exigente e sensível a preços — fatores que exigem integração tecnológica e estratégias multicanais, o que a marca não conseguiu implementar a tempo.
Qual o impacto emocional do fechamento para os americanos?
O encerramento da Joann representa mais do que uma falência: é o fim de uma era para gerações de artesãos. A rede era vista como um espaço de encontro e inspiração para quem vive o universo do “faça você mesmo”.
Celebridades como Katie Holmes eram clientes da marca, o que reforça sua relevância cultural. Para muitos, o fechamento simboliza uma perda afetiva — e não apenas comercial.
Leia também: Crise na moda força icônica loja a anunciar que irá fechar, alegando queda de vendas
Conteúdo extra: o que outros varejistas podem aprender com o caso Joann?
O colapso da Joann traz lições importantes para o setor. Entre os principais aprendizados:
- Adaptar-se rapidamente ao comportamento digital do consumidor é vital
- Depender apenas do varejo físico é um risco alto
- Investimento em experiência omnichannel não é opcional — é urgente
Curiosidade: Apesar da crise, o setor de artesanato cresceu 10% em vendas online entre 2021 e 2024 — sinal de que o problema da Joann não foi o nicho, mas a falta de modernização.