A Coca-Cola Zero é melhor que a Coca-Cola comum para quem quer evitar picos de insulina e gordura visceral? Essa é uma dúvida recorrente nas redes sociais, e o nutricionista Matheus D’Avila (@matheusdavilanutri no TikTok) esclarece com base em evidências científicas os reais impactos dessas bebidas no organismo. Neste artigo, vamos entender o que está por trás das diferenças entre essas duas versões e o que a ciência diz sobre cada uma delas.
Matheus destaca que, embora a versão Zero não seja um alimento “saudável”, ela pode ter menos impactos metabólicos negativos do que a versão com açúcar. Para tomar uma decisão consciente, é importante analisar a composição de cada bebida, os efeitos fisiológicos e os limites de consumo recomendados pelas agências de saúde.
Por que a Coca-Cola comum provoca picos de insulina?
A versão tradicional da Coca-Cola contém aproximadamente 39 gramas de açúcar por lata de 355 mL. Esse açúcar é rapidamente absorvido pelo organismo, provocando um aumento acentuado da insulina, hormônio que regula o nível de glicose no sangue. Esse pico insulínico favorece o armazenamento de gordura, especialmente na região visceral, o que é um fator de risco para doenças metabólicas.
Além disso, o excesso de açúcar também contribui para processos inflamatórios e alterações na microbiota intestinal. O consumo frequente pode levar ao desenvolvimento de resistência à insulina, sobrepeso e outras condições de saúde crônicas.
A Coca-Cola Zero causa menos impacto no metabolismo?
A Coca-Cola Zero é formulada sem açúcar e adoçada com compostos como aspartame e acessulfame K. Embora esses adoçantes sejam artificiais, eles não provocam picos de insulina nem aumentam diretamente a glicemia. Portanto, em termos de resposta metabólica imediata, a versão Zero é menos agressiva para o organismo.
No entanto, a presença de adoçantes artificiais ainda é motivo de debate. Alguns estudos sugerem que o uso excessivo pode afetar a microbiota intestinal e gerar respostas insulínicas indiretas, embora em níveis muito abaixo dos efeitos do açúcar tradicional. O consumo moderado, dentro das recomendações de agências como a EFSA e a OMS, é considerado seguro.
Coca Zero tem mais sódio do que a versão comum?
Sim. Enquanto a Coca-Cola comum tem entre 18 e 25 mg de sódio por lata, a Coca-Cola Zero contém cerca de 40 mg. Embora essa diferença exista, os valores ainda são baixos quando comparados ao consumo diário máximo recomendado de 2000 mg de sódio. O sódio é utilizado para realçar o sabor em bebidas sem açúcar, mas não é um fator preocupante para a maioria das pessoas saudáveis.
Quais os riscos do aspartame e de outros adoçantes artificiais?
Uma lata de Coca-Cola Zero contém cerca de 85 mg de aspartame. Para atingir a dose considerada segura segundo a EFSA (40 mg/kg de peso), uma pessoa de 70 kg teria que consumir mais de 9 latas por dia. Mesmo considerando outras fontes de adoçantes na dieta, esse número dificilmente é alcançado rotineiramente.

Estudos de segurança não encontraram relação direta entre consumo moderado de aspartame e efeitos adversos graves. O consenso científico atual é que, em doses controladas, o aspartame é seguro para consumo humano, com exceção de pessoas com fenilcetonúria.
Consumir dezenas de latas de Coca-Cola faz mal mesmo sem açúcar?
Sim. Mesmo sem açúcar, o consumo excessivo de qualquer refrigerante pode causar problemas como sobrecarga renal, alteração na saciedade, e, principalmente, substitui alimentos nutritivos na dieta. Além disso, ingerir grandes volumes de líquido em curto período pode ser perigoso, levando à chamada intoxicação hídrica.
Portanto, embora a Coca-Cola Zero não tenha os mesmos impactos imediatos do açúcar, ela também não deve ser consumida em excesso. A moderação é sempre a melhor escolha.
Quais são as fontes confiáveis sobre adoçantes e refrigerantes?