Com a implementação das novas regras da Tarifa Social de Energia Elétrica, uma significativa parcela da população mineira se vê diretamente beneficiada pela medida, que visa promover maior acessibilidade ao consumo de energia elétrica. Inaugurado a partir de 5 de julho de 2025, este modelo tarifário modifica substancialmente a forma como a eletricidade é fornecida a famílias de baixa renda, concedendo gratuidade no pagamento para quem consome até 80 quilowatts-hora (kWh) mensais. Este benefício é assegurado pela Medida Provisória nº 1.300/2025, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 20 de maio.
O impacto desta medida em Minas Gerais é expressivo: 1,31 milhão de unidades consumidoras poderão desfrutar da isenção, representando 21,5% da população do estado ou cerca de 4,58 milhões de indivíduos. Este número expressa não apenas um alívio financeiro para as famílias mais vulneráveis, mas também um passo em direção à justiça tarifária no setor elétrico. A Tarifa Social não apenas alivia os gastos domésticos, mas também assegura que o consumo básico de energia não se torne um fardo financeiro. Além disso, especialistas apontam que esse benefício pode estimular o uso responsável da energia, promovendo também educação energética entre os consumidores e uma possível redução nas demandas por serviços sociais suplementares.
Como a tarifa social beneficia diferentes regiões do Brasil?
Os dados nacionais indicam que 17,39 milhões de famílias no Brasil têm direito à Tarifa Social de Energia Elétrica, alcançando mais de 60 milhões de pessoas. A região Nordeste concentra o maior número de beneficiários, com 27,1 milhões de pessoas em 7,75 milhões de famílias. A seguir, o Sudeste detém 5,69 milhões de famílias beneficiadas, totalizando 19,9 milhões de habitantes.

Entre outros estados que lideram o número de beneficiários estão São Paulo, com 2,41 milhões de famílias ou 8,43 milhões de pessoas. Bahia e Rio de Janeiro seguem, com cifras próximas, respectivamente 1,76 e 1,68 milhão de famílias. A abrangência deste programa reflete uma maior equidade no acesso à energia, adaptando-se às necessidades regionais e demográficas das populações carentes. É importante destacar que, em algumas regiões, políticas estaduais complementares podem ampliar o impacto do programa, garantindo maior efetividade na prestação do apoio. Além disso, estados do Norte como o Pará e Amazonas também têm registrado um crescimento no número de beneficiários, demonstrando o alcance nacional da iniciativa.
Quais são os requisitos para ter direito à tarifa social de energia?
Para qualificar-se ao benefício, a família deve cumprir ao menos um dos critérios estabelecidos. Estes incluem famílias registradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, com renda mensal per capita igual ou inferior a meio salário-mínimo, ou idosos e pessoas com deficiência que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social. Além disso, famílias com renda de até três salários-mínimos que abriguem doentes em tratamento que exija aparelhos elétricos também podem se qualificar. Os requisitos passam por revisões anuais com atualização de dados cadastrais, mantendo o benefício alinhado ao perfil socioeconômico dos usuários.
Como acessar a tarifa social de energia elétrica?
Importante destacar que o processo de concessão do benefício é automatizado. Isto é, as famílias elegíveis receberão a tarifa reduzida sem necessidade de solicitação formal à distribuidora. Basta que o responsável pela conta de energia esteja entre os listados nos programas governamentais mencionados.
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Essa abordagem simplificada visa agilizar o acesso ao benefício, além de minimizar as barreiras burocráticas que muitas vezes impedem que os mais necessitados usufruam de seus direitos. Tal mecânica garante que o amparo chegue diretamente àqueles que mais necessitam, sem a intermediação de processos complexos, contribuindo para a efetiva implementação das ações de segurança energética e social. Em caso de questionamentos ou atualização de dados, as famílias podem procurar o Centro de Referência de Assistência Social mais próximo, garantindo informações seguras e apoio adequado ao cidadão.
Quais são os desafios para ampliação da tarifa social no futuro?
Apesar dos avanços, ainda existem desafios para ampliar a cobertura da Tarifa Social de Energia Elétrica. Muitas famílias elegíveis não estão no Cadastro Único, seja por falta de informação ou dificuldades de acesso aos Centros de Referência de Assistência Social em localidades mais afastadas. Outro ponto é a necessidade constante de atualização dos dados cadastrais, garantindo que o benefício continue destinado a quem realmente precisa. Organizações sociais e órgãos do governo promovem campanhas de conscientização para alcançar essas famílias e ampliar o impacto positivo do programa, buscando ainda a integração com outras políticas públicas de combate à pobreza energética.