O auxílio-doença, atualmente conhecido como auxílio por incapacidade temporária, é um benefício previdenciário destinado a oferecer suporte financeiro aos trabalhadores que, por motivos de saúde, encontram-se temporariamente afastados de suas atividades laborais. Para ter direito a esse benefício, é necessário cumprir alguns requisitos estipulados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), órgão responsável pela administração dos benefícios previdenciários no Brasil.
Os trabalhadores incapacitados por motivo de saúde podem contar com o auxílio-doença, desde que tenham contribuído para o INSS por, no mínimo, 12 meses. Contudo, essa regra não se aplica em casos de acidentes de qualquer natureza ou de doenças profissional e do trabalho, que não exigem um período mínimo de contribuição. Além disso, é essencial que o segurado esteja afastado do trabalho por mais de 15 dias para que tenha direito ao benefício.
Quais são os documentos necessários para solicitar o auxílio-doença?

Para solicitar o auxílio-doença, é fundamental reunir a documentação adequada para evitar possíveis contratempos no processo de avaliação. Os documentos básicos incluem a carteira de identidade, CPF, carteira de trabalho e, claro, os laudos médicos que comprovem a incapacidade para o trabalho. É relevante também apresentar o requerimento do benefício devidamente preenchido, além de comprovantes de residências e outros documentos que possam ser solicitados pelo INSS.
Os laudos e atestados médicos que comprovam a incapacidade para o trabalho são essenciais para a concessão do benefício. Garanta que a documentação médica esteja atualizada e forneça o máximo de detalhes possível para facilitar a análise pela perícia médica.
O segurado deve agendar uma perícia médica através do site oficial do INSS ou por telefone. Essa perícia é um procedimento crucial, onde um médico perito do INSS avaliará se a condição de saúde apresentada realmente impossibilita o trabalhador de desempenhar suas funções. A decisão quanto à concessão do benefício dependerá do laudo pericial.
Como é calculado o valor do auxílio-doença?
O cálculo do valor do auxílio por incapacidade temporária leva em consideração a média dos salários de contribuição do segurado. Basicamente, o INSS calcula a média de 100% dos salários de contribuição desde julho de 1994, ou desde o início das contribuições, se o mesmo tiver começado a contribuir após essa data, conforme as mudanças introduzidas pela Reforma da Previdência. O valor do benefício não pode ser superior à média salarial do segurado, respeitando também o teto do INSS, que em 2025 é de R$ 7.507,39.
É importante ressaltar que o auxílio-doença não possui 13º salário, e o seu valor é pago enquanto o trabalhador estiver incapacitado para o trabalho. Caso o prazo de incapacidade seja indeterminado ou aumente, novas perícias podem ser necessárias para validar a continuidade do benefício.
Quando o auxílio-doença pode ser cancelado?
O benefício pode ser cancelado em algumas situações específicas. Se o segurado recuperar a capacidade para o trabalho, comprovada por nova perícia médica, o INSS interromperá os pagamentos. Outra situação implica na não apresentação do segurado a nova perícia agendada, o que pode resultar na suspensão do benefício. Adicionalmente, em casos de falecimento do beneficiário, o auxílio cessa imediatamente.
No entanto, vale mencionar que, caso o segurado não concorde com a decisão do cancelamento, ele tem direito de recorrer judicialmente para que a situação seja reavaliada. Para isso, é aconselhável procurar um advogado especializado em causas previdenciárias.
Qual o impacto do auxílio-doença na vida dos trabalhadores?
O auxílio por incapacidade temporária desempenha um papel vital na proteção social dos trabalhadores brasileiros, proporcionando suporte econômico e estabilidade durante períodos desafiadores de enfermidade. É uma segurança que assegura manutenção dos direitos ao trabalhador, permitindo-lhe uma recuperação mais tranquila, sem a preocupação imediata com a perda de rendimento.
Para muitos, esse benefício simboliza uma rede de apoio, refletindo a responsabilidade do Estado em amparar os cidadãos em fases vulneráveis. Apesar das burocracias envolvidas no processo de solicitação, o auxílio é uma conquista assegurada pela legislação previdenciária, reafirmando o compromisso com o bem-estar do trabalhador.