O filme “Amores Materialistas“, dirigido por Celine Song, coloca a lógica de mercado como protagonista das relações amorosas modernas. Com um elenco estrelado por Dakota Johnson, Pedro Pascal e Chris Evans, a narrativa questiona até que ponto as métricas financeiras e sociais definem nossas escolhas amorosas. Inspirada em suas experiências como agente de encontros para a elite nova-iorquina, Song critica a comercialização do amor, destacando como a segurança financeira muitas vezes ofusca a busca por conexões genuínas.
Por trás da aparente estrutura de uma comédia romântica, “Amores Materialistas” esconde uma crítica social mais dura. No filme, os valores numéricos — como altura, renda e status social — encontram-se no cerne das decisões amorosas, refletindo uma realidade em que o capital social supera o emocional. Com estreia marcada para 31 de julho de 2025 no Brasil, a obra promete gerar debates sobre a influência do capitalismo em nossas vidas afetivas.
O que define o amor no contexto atual?
Em um mundo onde as aparências e os números prevalecem, surge a pergunta: o que realmente define o amor? Lucy, personagem interpretada por Dakota Johnson, ilustra como as exigências financeiras e sociais se tornaram critérios determinantes na escolha de parceiros. A valorização desses parâmetros em detrimento das qualidades pessoais leva a um tipo de relacionamentos empobrecidos emocionalmente, onde o amor verdadeiro muitas vezes é preterido pela ‘segurança’ de um status elevado.
Por que “Amores Materialistas” reacende a discussão sobre relações amorosas?
Ao retratar a mercantilização do amor, “Amores Materialistas” convida a uma reflexão sobre as mudanças ocorridas na dinâmica dos relacionamentos contemporâneos. Observando as ferramentas como aplicativos de namoro e exigências padronizadas, percebe-se que o amor se tornou um mercado onde a concorrência prevalece. A obra não apenas destaca a superficialidade desse mercado, mas também cria um espaço para discutir um tema universal: a procura por conexões autênticas em meio a um mundo impiedosamente materialista.
Desumanização nas relações: o que realmente importa?
Com os personagens constantemente objetificando uns aos outros e a si mesmos, a desumanização das relações se torna um tema central no filme. Song questiona o propósito do amor em um mundo onde os valores materiais superam os emocionais. Essa desumanização, segundo a diretora, leva-nos a um distanciamento da essência das conexões humanas: o amor verdadeiro e recíproco.
- Quão importantes são as métricas de status na sua vida amorosa?
- Ao escolher parceiros, o que mais pesa: o amor ou as aparências?
- Como equilibrar segurança financeira e emoção genuína?

O tema das relações amorosas, muitas vezes retratado de maneira leve em comédias românticas, ganha nova dimensão com “Amores Materialistas”. Ao levantar questões filosóficas sobre o valor real do amor, Celine Song oferece ao público uma oportunidade de reflexão crítica sobre as escolhas afetivas, desafiando normas e propondo um olhar introspectivo sobre o que realmente importa nos laços humanos.
Que curiosidades rondam o filme e quando ele chega ao Brasil?
Além de ser inspirado nas experiências pessoais de Celine Song trabalhando com relacionamentos na alta sociedade de Nova York, “Amores Materialistas” traz algumas curiosidades interessantes: foi gravado em locações icônicas de Nova York, com participações especiais de influenciadores digitais locais. O roteiro teve contribuições iniciais de roteiristas premiados do circuito independente norte-americano. Outro ponto curioso é que Chris Evans aceitou o papel após ler o script em um café do Brooklyn, onde comentou publicamente sobre a atual pertinência da discussão sobre o amor e o dinheiro. O filme tem estreia nos Estados Unidos 13 de junho de 2025 (lançamento pela A24) e a previsão é que chegue aos cinemas do Brasil em 31 de julho de 2025, com distribuição pela Sony Pictures. Isso permitirá que o público brasileiro participe rapidamente do debate que o filme certamente despertará ao redor do mundo.