Quando um trabalhador é demitido sem justa causa, ele possui alguns direitos assegurados por lei. Entre esses direitos, a multa de 40% sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) desempenha um papel crucial ao proporcionar uma compensação financeira significativa ao trabalhador. Esse benefício busca mitigar os impactos imediatos da perda de emprego, fornecendo uma quantia adicional que pode ser usada para o replanejamento financeiro ou como reserva de emergência.
- Compensação financeira: Ajuda o trabalhador a enfrentar despesas imediatas após a demissão.
- Reforço ao planejamento: Oferece suporte para o trabalhador reorganizar sua situação financeira.
O cálculo da multa sobre o FGTS é simples. O valor corresponde a 40% de tudo que o empregador depositou no fundo ao longo do contrato de trabalho. É importante ressaltar que a multa não incide sobre o saldo total do FGTS do trabalhador, mas apenas sobre o valor depositado pela empresa que está realizando a demissão sem justa causa.
Por que existe a multa de 40% sobre o FGTS?

O governo instituiu esse dispositivo legal para proteger os trabalhadores brasileiros de demissões arbitrárias. Com isso, você garante uma proteção mínima em um momento potencialmente vulnerável do ponto de vista econômico. Além disso, a multa de 40% incentiva as empresas a ponderarem mais antes de realizar demissões injustificadas, promovendo mais estabilidade no mercado de trabalho.
- Evita demissões arbitrárias: Desestimula desligamentos sem motivo justo.
- Garante receita extra para o trabalhador: Ajuda a enfrentar o período de recolocação.
- Promove estabilidade: As empresas pensam duas vezes antes de demitir, reduzindo rotatividade.
Como é realizado o cálculo dessa multa?
O cálculo segue um passo a passo direto:
- 1. Some o valor total depositado na conta do FGTS durante o vínculo com a empresa (8% do salário bruto do trabalhador a cada mês).
- 2. Calcule 40% desse total. Esse será o valor pago ao trabalhador como multa rescisória.
Desta maneira, o trabalhador consegue checar se o valor recebido está correto ao conferir todos os depósitos feitos ao longo do contrato.
Como o trabalhador pode acessar o valor?
Depois da demissão sem justa causa, o trabalhador garante o direito de sacar o saldo integral do FGTS, incluindo a multa de 40%. Para isso, siga este passo a passo:
- Solicite à empresa os documentos como o Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho (TRCT).
- Vá até uma agência da Caixa Econômica Federal com a documentação em mãos.
- Solicite o saque integral do FGTS e da multa de 40%.
O acesso rápido a esse valor ajuda o trabalhador a atravessar a fase de transição com menos dificuldades.
Quais outros direitos acompanham a demissão sem justa causa?
Além da multa do FGTS, a demissão sem justa causa confere ao trabalhador uma série de outros direitos, como:
- Aviso prévio: Pode ser trabalhado ou indenizado pela empresa, correspondendo a um mês extra de salário.
- Seguro-desemprego: Auxílio financeiro temporário, conforme os critérios legais.
- 13º salário proporcional: Pagamento do valor proporcional referente ao tempo trabalhado no ano.
- Férias proporcionais: Remuneração das férias não usufruídas, acrescidas de um terço.
- Saldo de salário: Recebimento dos dias trabalhados até a demissão que ainda não foram pagos.
Ter conhecimento dos seus direitos trabalhistas é fundamental para que você possa defender seus interesses em situações de dispensa. Saber os detalhes da multa de 40% sobre o FGTS e os demais direitos assegurados em caso de demissão sem justa causa garante uma transição mais segura e informada para a próxima etapa da sua vida profissional.