O cheiro de corpo, conhecido como “CC”, é mais do que uma questão de higiene. Segundo a Dra. Priscila Antunes (CRM 109981-7), médica generalista com formação em nutrição clínica e endocrinologia, o mau odor corporal pode indicar processos inflamatórios internos e desequilíbrio na microbiota. Ela compartilha esse alerta de forma acessível com mais de 2 milhões de seguidores em seu perfil no Instagram (@drapriantunes).
No conteúdo que viralizou, a médica explica que o suor em si não tem cheiro. O problema está nas bactérias desequilibradas da pele e no mau funcionamento do fígado e intestino, que deveriam eliminar toxinas de forma eficaz. A boa notícia? Há formas naturais e simples de começar a equilibrar o organismo.
Ter cheiro de corpo é normal ou um sinal de desequilíbrio?
O suor humano é naturalmente inodoro. Quando o cheiro corporal se torna azedo ou persistente, o corpo está emitindo sinais de alerta. De acordo com a Dra. Priscila, o “CC” pode estar relacionado à inflamação crônica e desequilíbrio de bactérias na pele e intestino.
Isso significa que o mau odor não é apenas um problema externo. Se o intestino não funciona bem e o fígado está sobrecarregado, as toxinas acabam sendo eliminadas por vias alternativas, como a pele. É nesse ponto que o cheiro surge, revelando que algo não vai bem internamente.
Por que o mau cheiro pode ter origem no intestino e fígado?
O intestino é o centro de equilíbrio bacteriano do corpo. Quando está desregulado, ele pode favorecer a produção de gases fétidos e também alterar o odor do corpo. Já o fígado, ao ser responsável pela filtragem de toxinas, precisa estar em pleno funcionamento para que essas substâncias não sobrecarreguem outras rotas, como o suor.
A Dra. Priscila enfatiza que cuidar do intestino e do fígado é fundamental para controlar o cheiro corporal. Isso se alinha à ideia de que o corpo se expressa de fora para dentro. E o odor forte é uma dessas expressões, frequentemente ignorada.
O que são as sementes de funcho e como elas ajudam?
Uma dica prática apresentada pela especialista é o uso de 3 a 5 sementes de funcho, mastigadas e engolidas em jejum logo ao acordar. Esse ritual simples tem três funções comprovadas: equilibrar a microbiota bucal, facilitar a digestão e auxiliar o fígado na eliminação de toxinas.
Além de serem fáceis de encontrar, essas sementes têm propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e digestivas. Elas ajudam a reduzir o inchaço abdominal, melhorar a flora intestinal e ainda combater o mau hálito. A Dra. Pri ressalta: é gostoso, natural e funcional — ideal para quem busca soluções acessíveis e eficazes.
Cheiro de corpo tem relação com a alimentação?
A alimentação tem influência direta sobre o cheiro corporal. Dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcar refinado, excesso de proteína animal e gordura saturada favorecem inflamações e desregulam a microbiota intestinal. Isso contribui para a produção de toxinas que, se não eliminadas corretamente, se manifestam no suor.

Ao contrário, uma alimentação anti-inflamatória, rica em vegetais, fibras, água e compostos naturais como o funcho, ajuda o organismo a manter o equilíbrio. Com isso, o odor corporal tende a diminuir naturalmente, sem necessidade de produtos químicos ou antitranspirantes agressivos.
Sementes de funcho têm comprovação científica?
Sim, diversos estudos comprovam que o funcho tem ação hepatoprotetora, antioxidante e reguladora da flora intestinal. Ele também é usado tradicionalmente na medicina ayurvédica e fitoterapia para promover uma digestão saudável e melhorar a eliminação de toxinas.
Seu uso é considerado seguro em pequenas quantidades, como no caso recomendado pela médica. Mastigar de 3 a 5 sementes por dia pode ser um hábito simples, mas com grande potencial de apoio à saúde metabólica e digestiva.
Como colocar em prática essa rotina?
A rotina é simples e fácil de adaptar ao dia a dia. Basta mastigar de 3 a 5 sementes de funcho em jejum, logo ao acordar. Não precisa triturar, nem preparar chá. É só mastigar e engolir. Esse pequeno ritual pode ser o primeiro passo para um processo maior de desinflamação e equilíbrio.
Para complementar, é importante manter uma alimentação equilibrada, beber bastante água e buscar reduzir o consumo de alimentos inflamatórios. A Dra. Priscila também disponibiliza aulas e um e-book gratuito com orientações mais aprofundadas sobre como cuidar do fígado e reduzir inflamações no corpo.
E se o mau cheiro persistir?
Mesmo adotando essas práticas naturais, cada organismo responde de forma única. Se o mau cheiro nas axilas continuar forte ou vier acompanhado de outros sintomas, o ideal é procurar ajuda profissional. Em alguns casos, pode haver doenças metabólicas, hepáticas ou até hormonais por trás do odor.
É fundamental entender que o cheiro corporal é uma mensagem do corpo. Em vez de apenas mascará-lo com cosméticos, o ideal é investigar a origem e buscar soluções que atuem na causa do problema.
Quais fontes confiáveis embasam esse conteúdo?
As informações compartilhadas pela Dra. Priscila Antunes se alinham a dados de instituições confiáveis como:
- Organização Mundial da Saúde (OMS) — orientações sobre prevenção de doenças metabólicas e intestinais
- PubMed — estudos científicos sobre os efeitos do funcho na digestão, microbiota e fígado
- WebMD e Healthline — conteúdos sobre odor corporal e causas metabólicas