O Ministério da Educação publicou, em 27 de junho de 2025, a Portaria nº 470/2025, que estabelece as regras para a gestão dos incentivos financeiros do Programa Pé-de-Meia. O objetivo principal do programa é estimular a permanência e a conclusão do ensino médio por meio de benefícios financeiros para estudantes da rede pública. Com a nova regulamentação, o governo busca garantir que os pagamentos sejam realizados de forma contínua ao longo do ano, abrangendo todos os meses até dezembro.
Entre as novidades, destaca-se a inclusão dos estudantes da 4ª série do ensino médio, que passam a ter direito aos mesmos incentivos concedidos aos alunos da 3ª série. Essa medida assegura a continuidade do apoio financeiro, especialmente para quem está na etapa final da educação básica. Além disso, a portaria detalha procedimentos para correção de dados e informações, visando evitar inconsistências no repasse dos benefícios.
Como funciona o Programa Pé-de-Meia?

O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional criado para promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes do ensino médio público. O funcionamento se dá por meio de uma poupança, onde os alunos recebem parcelas mensais ao longo do ano letivo, desde que cumpram critérios como frequência escolar e participação em avaliações oficiais, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os valores são depositados em contas específicas, vinculadas ao nome do estudante, e podem ser sacados conforme as regras estabelecidas pelo Ministério da Educação. O incentivo busca democratizar o acesso à educação, reduzir desigualdades sociais e estimular a mobilidade social dos jovens brasileiros.
Quais são os critérios para receber o incentivo financeiro?
Para ter acesso ao benefício do Pé-de-Meia, o estudante precisa estar regularmente matriculado no ensino médio público e cumprir requisitos como frequência mínima e participação em avaliações obrigatórias. A portaria também prevê o pagamento de até três parcelas anuais para alunos da 4ª série, totalizando até R$ 3.000,00 referentes à conclusão do ensino médio.
- Matrícula ativa: o estudante deve estar matriculado em escola pública de ensino médio.
- Frequência escolar: é necessário manter frequência mínima exigida pelo programa.
- Participação em avaliações: o aluno deve participar do Enem e de outras avaliações oficiais.
- Conclusão do ensino médio: para receber as parcelas de conclusão, é preciso finalizar a etapa escolar com aprovação.
As redes de ensino têm papel fundamental no envio e atualização dos dados dos estudantes. Caso haja inconsistências, as secretarias podem solicitar correções junto à Secretaria de Educação Básica do MEC, garantindo que nenhum aluno elegível fique sem o benefício por problemas cadastrais.
Como é feito o pagamento do incentivo do Pé-de-Meia?
O pagamento do incentivo financeiro é realizado mensalmente, de acordo com o calendário operacional do programa. Em 2025, o MEC ajustou o cronograma para garantir que todos os meses do ano tenham repasse, incluindo o mês de agosto, que inicialmente não teria pagamento. Os depósitos são feitos diretamente em contas bancárias abertas em nome dos estudantes, facilitando o acesso ao recurso.
- O estudante cumpre os requisitos de frequência e participação em avaliações.
- A escola informa os dados ao sistema do MEC.
- O MEC processa as informações e libera o pagamento mensal.
- Em caso de conclusão do ensino médio, são liberadas até três parcelas extras.
O incentivo referente ao Enem é pago após a confirmação da conclusão do ensino médio e o envio das informações necessárias. Caso haja necessidade de ajustes nos dados, as secretarias de educação podem solicitar a correção para garantir o recebimento do benefício.
Qual o impacto do Pé-de-Meia na educação pública?
O Pé-de-Meia representa uma estratégia importante para combater a evasão escolar e ampliar as oportunidades para jovens de baixa renda. Ao oferecer um suporte financeiro vinculado ao desempenho e à regularidade dos estudantes, o programa contribui para que mais alunos concluam o ensino médio e possam planejar o futuro com mais segurança.
Além de incentivar a permanência na escola, o programa também promove a inclusão social e a redução das desigualdades, ao garantir que estudantes de diferentes regiões e contextos tenham acesso ao mesmo benefício. Com a regulamentação atualizada, o governo reforça o compromisso com a educação básica e com a formação de cidadãos preparados para os desafios do mercado de trabalho e da sociedade.




