A chegada de Thunderbolts* aos cinemas em maio de 2025 marca uma revolução silenciosa no Universo Cinematográfico da Marvel. Sob a direção de Jake Schreier, conhecido por trabalhos autorais como Paper Towns e a aclamada série Beef, o filme conseguiu algo que muitos consideravam impossível: criar um blockbuster da Marvel com sensibilidade de cinema independente. Florence Pugh chegou a descrever a produção como “um filme de assassinos independente, com temática A24, e super-heróis da Marvel”, uma definição que captura perfeitamente a abordagem única do diretor.
Schreier trouxe para o MCU uma perspectiva completamente nova sobre saúde mental e trauma, transformando Thunderbolts* em uma jornada emocional profunda disfarçada de filme de ação. Ao focar em personagens que são, nas palavras de David Harbour, “descartados” e que “não são realmente desejados”, o diretor criou uma narrativa sobre encontrar propósito e conexão humana em meio ao caos. Esta abordagem não apenas diferenciou o filme de outras produções da Marvel, mas estabeleceu um novo paradigma para como blockbusters podem abordar questões psicológicas complexas.
Quem são os Thunderbolts?
Os Thunderbolts são um grupo de personagens que tradicionalmente eram vistos como vilões ou anti-heróis. No filme, eles são forçados a unir forças para enfrentar uma ameaça maior. Entre os membros, destacam-se Yelena Belova, interpretada por Florence Pugh, e John Walker, vivido por Wyatt Russell. A inclusão de Ava Starr, também conhecida como Fantasma, adiciona uma camada de complexidade ao grupo, dada sua história de antagonismo no MCU.
Além disso, o filme introduz novos personagens, como Bob, um super-humano manipulado por Valentina, e Sentinela, um herói com habilidades aparentemente indestrutíveis. Este último traz consigo o conceito do “vazio”, um elemento que adiciona profundidade ao enredo, explorando temas como depressão e traumas pessoais.
Como o filme aborda a redenção e o heroísmo?
O tema central de Thunderbolts é a redenção. Cada personagem traz consigo um passado de erros e escolhas questionáveis, mas o filme mostra que é possível superar essas barreiras e encontrar um novo propósito. A dinâmica entre os personagens é um dos pontos altos, com interações que revelam vulnerabilidades e traumas que precisam ser enfrentados.
O relacionamento entre Yelena e Bob é particularmente notável, oferecendo momentos de introspecção e crescimento pessoal. A mensagem de que compartilhar problemas pode aliviar o peso emocional é uma constante ao longo do filme, ressoando com o público de maneira significativa.
Um dado surpreendente sobre o impacto técnico do filme
A cena pós-créditos de Thunderbolts* foi filmada apenas um mês antes da estreia do filme, no set de Avengers: Doomsday, pelos diretores Irmãos Russo. Esta revelação de Schreier ilustra a natureza interconectada e improvisatória do planejamento do MCU, onde decisões criativas cruciais são tomadas até os últimos momentos. A cena conecta diretamente os eventos de Thunderbolts* com o futuro da Fase 6, estabelecendo Os Novos Vingadores como peças fundamentais na narrativa que levará ao próximo grande evento do universo.

Thunderbolts* prova que o MCU ainda pode surpreender quando coloca a história e personagens acima de fórmulas estabelecidas. Jake Schreier não apenas dirigiu um filme da Marvel, mas redefiniu o que um filme da Marvel pode ser, abrindo possibilidades criativas que influenciarão a franquia pelos próximos anos.



