O salário mínimo no Brasil passou a ser de R$ 1.518 em 2025, após um reajuste de 7,5% em relação ao valor anterior. O aumento começou a valer em fevereiro e trouxe alívio para trabalhadores de baixa renda. No entanto, a correção ficou abaixo das expectativas, gerando críticas de sindicatos e economistas.
Por que o reajuste não acompanhou o PIB?
Apesar de o PIB ter crescido 3,2% em 2024, o salário mínimo foi reajustado com limite de 2,5% no aumento real, conforme nova regra de contenção de despesas. O objetivo é evitar desequilíbrio fiscal em um cenário de contas públicas pressionadas. A fórmula que antes garantia aumento acima da inflação agora tem um teto imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal revisada.
Como o salário mínimo impacta benefícios e aposentadorias?
O novo valor afeta diretamente aposentadorias, pensões, BPC e seguro-desemprego, todos vinculados ao piso nacional. Cada real adicionado ao salário mínimo representa bilhões em gastos extras para o governo, o que justifica o cuidado no cálculo. Para milhões de brasileiros, esse valor define o poder de compra mensal e o acesso a serviços básicos.

O salário mínimo ainda sustenta uma família?
Críticos afirmam que, apesar do aumento, o novo mínimo não cobre o custo de vida real no Brasil. Segundo o DIEESE, o valor ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser superior a R$ 6 mil. Na prática, o reajuste serve apenas como recomposição parcial da inflação e segue distante das reais necessidades da população.
Quais os próximos desafios do governo?
O governo terá que lidar com a pressão social por aumentos reais e o desafio de manter a sustentabilidade fiscal. Reformas estruturais e crescimento sustentável são apontados como caminhos para permitir novos reajustes. Sem crescimento consistente da economia, o salário mínimo pode continuar sendo alvo de limites técnicos e cortes de expectativa.
Salário mínimo influencia toda a economia
O reajuste do salário mínimo tem efeito cascata na economia. Ele influencia contratos, pisos salariais, consumo popular e inflação. Um valor muito alto pode gerar pressão inflacionária, enquanto um reajuste modesto tende a conter o consumo e travar o crescimento. Por isso, o governo caminha em uma linha tênue entre o social e o fiscal.