Com uma duração impressionante de 3 horas e 35 minutos, “O Brutalista” se destaca como uma das estreias mais longas nos cinemas brasileiros em 2025. Este filme, dirigido por Brady Corbet, não apenas desafia as normas de tempo de execução, mas também se estabelece como um forte concorrente na temporada de premiações. A obra, que conta com a atuação de Adrien Brody, é um exemplo de como a narrativa cinematográfica pode se expandir para explorar histórias complexas e multifacetadas.
Brady Corbet, que já foi reconhecido por sua habilidade em criar filmes impactantes com orçamentos modestos, lutou por sete anos para trazer “O Brutalista” à vida. A produção, que teve um orçamento de US$ 10 milhões, é uma demonstração de sua dedicação e visão artística. Corbet, que começou sua carreira como ator, agora se firma como um diretor de destaque, capaz de transformar limitações financeiras em obras aclamadas pela crítica.
Qual é a história por trás de “O Brutalista”?
“O Brutalista” narra a saga de um arquiteto húngaro talentoso, interpretado por Adrien Brody, que enfrenta desafios ao imigrar para os Estados Unidos após sobreviver ao Holocausto. A trama explora suas relações complexas, incluindo uma esposa interpretada por Felicity Jones e um mecenas sombrio vivido por Guy Pearce. Filmado na Hungria, o filme reflete não apenas a história do protagonista, mas também a própria jornada de produção, marcada por adiamentos devido à pandemia.
O filme aborda temas como o desequilíbrio de poder entre artistas e seus mecenas, uma metáfora que ressoa com as experiências de Corbet na indústria cinematográfica. A dinâmica entre o arquiteto e seus clientes é comparada à relação entre cineastas e financiadores, destacando os desafios criativos e financeiros enfrentados durante a produção.
Por que a duração de “O Brutalista” é relevante?
A duração extensa de “O Brutalista” tem gerado debates sobre a atenção do público moderno. Em uma era em que o consumo de conteúdo é cada vez mais fragmentado, filmes longos enfrentam o desafio de manter o interesse dos espectadores. No entanto, Corbet defende que a história exige esse tempo para ser contada de forma completa e autêntica. Ele argumenta que, assim como uma pintura pode ser criticada por seu tamanho, um filme deve ser julgado por sua capacidade de envolver e impactar o público.
O que “O Brutalista” representa para o futuro do cinema?
“O Brutalista” já conquistou prêmios importantes, incluindo Globos de Ouro de melhor drama, direção e ator. Com o Oscar se aproximando, o filme continua a ser um forte candidato em várias categorias. A produção de Corbet não apenas desafia convenções, mas também abre caminho para narrativas mais ousadas e ambiciosas no cinema. A luta do diretor por controle criativo e sua visão artística única servem como inspiração para cineastas que buscam contar histórias significativas, independentemente das limitações impostas pela indústria.
Em última análise, “O Brutalista” é mais do que um filme; é uma declaração sobre a importância da perseverança e da integridade artística. Corbet, ao enfrentar desafios e conflitos, demonstra que a verdadeira arte surge quando há algo pelo qual vale a pena lutar. Esta obra, com sua narrativa envolvente e performances marcantes, certamente deixará uma marca duradoura no cenário cinematográfico contemporâneo.



