Portugal endureceu a Lei de Estrangeiros: quem ficar mais de 90 dias em situação irregular pode ter novos vistos bloqueados por até 5 anos — ou 7 em casos de segurança — afetando turistas, estudantes, trabalhadores e até empresas que mantêm estrangeiros irregulares.
Portugal adotou regras mais duras para permanência de estrangeiros ao atualizar a Lei de Estrangeiros. Quem ultrapassar 90 dias em situação irregular pode enfrentar bloqueio de novos vistos por até cinco anos, ou sete em casos ligados à segurança, atingindo imigrantes e empresas.
O que mudou com a nova Lei de Estrangeiros em Portugal?
A atualização da Lei de Estrangeiros portuguesa, publicada em outubro, alterou profundamente o tratamento dado à permanência irregular. Atrasos que antes eram vistos como entraves burocráticos passaram a gerar sanções severas, incluindo restrições futuras de entrada no país.
Permanecer mais de 90 dias em situação irregular deixa de ser apenas um problema administrativo. A nova norma transforma esse descuido em fator determinante para barrar pedidos de visto e processos de regularização por vários anos.

Quem pode ser afetado pelo bloqueio de cinco ou sete anos?
As mudanças atingem um público amplo e vão além da imigração irregular clássica. Turistas, estudantes, trabalhadores e até empresas podem sofrer impactos diretos caso os prazos legais não sejam respeitados, como mostram os principais grupos afetados a seguir.
- Turistas e estudantes: quem ultrapassa o prazo acreditando estar protegido por processos em andamento.
- Trabalhadores e famílias: pessoas aguardando renovação ou reagrupamento familiar.
- Empresas: empregadores com funcionários estrangeiros em situação documental irregular.
Como funciona o bloqueio de vistos na prática?
O ponto central da lei é o controle rigoroso do prazo. Ao ultrapassar 90 dias de irregularidade, o estrangeiro pode ficar impedido de solicitar qualquer tipo de visto ou autorização por até cinco anos, afetando planos futuros de residência.
Quando o caso envolve risco à ordem ou à segurança pública, o período de impedimento sobe para sete anos. Na prática, isso representa um afastamento prolongado de Portugal, mesmo para quem já teve vínculos legais no país.

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Por que empresas também entram no radar da nova lei?
A legislação não se limita ao indivíduo. Empresas que mantêm profissionais estrangeiros em situação irregular podem sofrer impactos operacionais e legais. O controle documental passa a ser parte estratégica da gestão, como indicam os principais riscos abaixo.
- Suspensão de contratos: perda temporária do direito ao exercício da atividade.
- Responsabilização do empregador: sanções por tolerar irregularidades.
- Impacto operacional: dificuldade de substituir profissionais bloqueados por vistos.
Como estrangeiros podem se proteger das novas regras?
Diante do novo rigor, acompanhar prazos deixou de ser opcional. Controlar datas de validade, guardar comprovantes e monitorar processos de regularização tornou-se essencial para evitar consequências graves e duradouras.
Buscar orientação especializada também é decisivo. Advogados e entidades de apoio ajudam a interpretar regras, identificar riscos e planejar renovações. Em um cenário de bloqueios longos, cada decisão migratória em Portugal passou a exigir estratégia.




