O INSS mudou as regras de reavaliação do BPC, dispensando perícias para idosos a partir de 65 anos, casos com impedimentos permanentes e beneficiários que retornaram recentemente ao programa. A nova regra já está em vigor e torna o processo mais previsível.
Uma alteração administrativa do INSS mudou a rotina de quem recebe o BPC e trouxe alívio a milhares de beneficiários. A nova regra redefine convocações, dispensa reavaliações em casos específicos e já está em vigor, afetando idosos e pessoas com deficiência.
O que mudou nas regras do BPC adotadas pelo INSS?
O Instituto Nacional do Seguro Social passou a aplicar critérios objetivos para a reavaliação do Benefício de Prestação Continuada. As normas organizam quem deve ser convocado e quem fica dispensado da chamada perícia biopsicossocial.
Essas diretrizes foram formalizadas pelo Governo Federal e divulgadas em comunicados oficiais. O objetivo é alinhar o procedimento às informações já existentes nos cadastros públicos e tornar o processo mais previsível para o beneficiário.

Quem fica dispensado da reavaliação do BPC?
A principal mudança envolve grupos específicos que deixam de ser convocados para perícia médica e avaliação social. A dispensa ocorre quando há enquadramento em situações previamente reconhecidas pelo próprio sistema, como descrito nos casos a seguir.
- Idosos com 65 anos ou mais: quem passou a receber o benefício nessa faixa etária não é mais reavaliado como pessoa com deficiência.
- Impedimentos permanentes: beneficiários com laudos indicando condição irreversível ficam fora de revisões periódicas.
- Retorno recente ao BPC: quem retomou o benefício após trabalho ou auxílio-inclusão tem dispensa por dois anos.
Como funciona a convocação para quem não é dispensado?
Para quem não se enquadra nas hipóteses de dispensa, a convocação do INSS continua prevista. O chamado ocorre de forma gradual e prioriza casos em que, na concessão inicial, não foi possível confirmar o caráter permanente do impedimento.
As notificações são feitas apenas pelos canais oficiais, como o aplicativo Meu INSS ou comunicação do banco pagador. O governo reforça que não há convocações em massa nem avisos por terceiros.

O que fazer ao receber aviso para reavaliação do BPC?
Ao ser notificado, o beneficiário ou representante legal deve agir dentro do prazo para evitar problemas no pagamento. O agendamento é obrigatório e segue regras claras, conforme orientações oficiais do instituto, como mostram os pontos abaixo.
- Prazo de resposta: até 30 dias após a notificação para agendar a reavaliação.
- Reagendamento permitido: cada etapa pode ser remarcada uma única vez.
- Falta de manifestação: pode levar à suspensão ou cancelamento do benefício.
O pagamento do BPC pode ser bloqueado durante a revisão?
Se o INSS não conseguir confirmar que o beneficiário recebeu a notificação, o pagamento pode ser bloqueado por até 30 dias. A medida é administrativa e pode ser revertida se houver regularização no prazo.
Após a perícia médica e avaliação social, o resultado é divulgado nos canais oficiais. O governo também reforça que o BPC é assistencial, não exige contribuição prévia e não inclui 13º salário nem pensão por morte.




