A reforma tributária exigirá notas fiscais com campos de IBS e CBS a partir de 2026. Após três meses de testes sem multas, erros passam a gerar penalidades, afetar créditos e causar problemas fiscais e operacionais.
A reforma tributária vai alterar de forma direta a emissão de notas fiscais no Brasil a partir de 2026. Após um período de testes de três meses, empresas que não informarem corretamente IBS e CBS poderão sofrer multas, penalidades fiscais e até problemas operacionais.
Por que a reforma tributária vai apertar a nota fiscal?
A Receita Federal confirmou que a nota fiscal eletrônica será a principal ferramenta de controle dos novos impostos sobre o consumo. Com a criação do IBS e da CBS, o preenchimento correto dos campos passa a ser essencial para comprovar conformidade fiscal.
Mesmo mantendo dados já conhecidos, como valores e identificação das partes, a nota ganhará novos campos obrigatórios. Após a fase educativa, erros ou omissões no registro dos tributos deixam de ser tolerados e podem gerar multas e sanções.

Como funcionará o período de testes sem penalidades?
A regulamentação prevê uma fase de adaptação para que empresas ajustem sistemas e rotinas. Esse intervalo começa após a publicação dos regulamentos da CBS e do IBS e serve para testes práticos, conforme os critérios definidos pela Receita Federal.
- Duração do período: três meses contados a partir da publicação das normas.
- Obrigação durante testes: informar IBS e CBS sem recolher valores.
- Sem punições: erros não geram multa nem rejeição automática da nota.
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O que muda no preenchimento da nota fiscal eletrônica?
Os campos principais da nota permanecem, mas passam a coexistir com informações específicas de IBS e CBS. Isso exige revisão de cadastros de produtos, regras tributárias e parametrizações nos sistemas de faturamento.
Após o período de testes, deixar campos em branco ou preenchê-los de forma incorreta pode gerar autuações. O erro passa a ter impacto direto na regularidade fiscal e no aproveitamento de créditos tributários.

Qual o papel do split payment na nova tributação?
A reforma também traz uma plataforma tecnológica inédita, responsável por operacionalizar o modelo de IVA e o split payment. O sistema já está em testes e será implementado de forma gradual nos próximos anos.
- 2026: alíquota simbólica de 1% em ambiente de testes, sem cobrança adicional.
- 2027: extinção de PIS e Cofins e início do split payment da CBS entre empresas.
- 2029 a 2032: transição progressiva de ICMS e ISS para o IBS.
Esse cronograma mostra que 2026 será decisivo para ajustes internos, pois a nota fiscal se tornará o principal termômetro de conformidade na reforma tributária.
O que empresas precisam fazer para evitar problemas?
O principal risco está em deixar a adaptação para a última hora. Empresas precisam acompanhar a publicação das normas, testar o preenchimento dos novos campos e revisar seus sistemas fiscais desde já.
Treinar equipes, ajustar ERPs e mapear operações reduz a chance de multas, perda de créditos e travamentos. Na nova lógica da reforma tributária, quem não preencher IBS e CBS corretamente pode pagar caro por erros simples.




