A busca por uma pele mais uniforme e com aparência jovem tem levado cada vez mais pessoas a explorarem novos ingredientes na rotina de skincare. Entre os ativos que ganharam destaque nos últimos anos, o ácido tranexâmico se tornou um aliado importante no tratamento de manchas escuras e hiperpigmentação, atuando principalmente nos processos inflamatórios e vasculares relacionados à produção de melanina.
O que é ácido tranexâmico e por que está em alta
O ácido tranexâmico é uma substância usada originalmente na medicina para controlar sangramentos, por interferir na coagulação sanguínea quando administrada por via sistêmica. Na dermatologia e na cosmética, porém, seu uso é sobretudo tópico, em baixas concentrações, voltado ao tratamento de manchas cutâneas e à uniformização do tom da pele.
Estudos e relatos de especialistas indicam que o ácido tranexâmico atua em diferentes etapas da formação da melanina, podendo reduzir a atividade da enzima tirosinase e modular mediadores inflamatórios. Essa combinação de efeitos faz com que o ativo seja visto como um dos mais versáteis na despigmentação facial, especialmente em casos de melasma e manchas pós-acne.

Como o ácido tranexâmico age nas manchas da pele
No contexto das manchas, o ácido tranexâmico é frequentemente descrito como um “calmante molecular”, pois bloqueia mensageiros inflamatórios que estimulam a produção excessiva de melanina. A pele reage com inflamação a agressões como queimaduras solares, espinhas, atrito ou alergias, e esse processo pode desencadear escurecimento localizado e recorrente.
Por atuar em mais de uma via da hiperpigmentação, o ácido tranexâmico costuma ser combinado a outros agentes clareadores e antioxidantes. Entre seus principais efeitos na pele, destacam-se:
- Modulação da inflamação crônica, reduzindo a liberação de substâncias que ativam melanócitos;
- Inibição parcial da tirosinase, enzima-chave na formação de melanina;
- Ação em melanócitos e queratinócitos, influenciando produção e transporte do pigmento;
- Contribuição na prevenção da recorrência de manchas após sol ou surtos de acne.
Como incluir o ácido tranexâmico na rotina de skincare
Na rotina diária, o ácido tranexâmico costuma aparecer em séruns faciais, cremes específicos para manchas, produtos para a área dos olhos e fórmulas para as mãos. Farmácias e marcas de dermocosméticos geralmente trabalham com concentrações entre 2% e 5%, adequadas para resultados progressivos e boa tolerabilidade, sobretudo quando associadas à fotoproteção.

De forma geral, o uso pode ser organizado em etapas simples: limpeza suave, aplicação do sérum com ácido tranexâmico pela manhã e/ou à noite, hidratação compatível com o tipo de pele e proteção solar diária. Algumas fórmulas ainda associam o ativo a niacinamida, vitamina C ou filtros solares encapsulados para potencializar o clareamento e prevenir novas hiperpigmentações.
O ácido tranexâmico é seguro para todos os tipos de pele
Especialistas relatam que, em formulações cosméticas adequadas, o ácido tranexâmico tópico tende a apresentar boa segurança, com poucos efeitos adversos, geralmente leves, como discreta irritação em peles sensíveis. A principal diferença está entre o uso tópico em dermocosméticos e o uso oral, que é médico e requer avaliação rigorosa.
No consumo sistêmico, existem restrições importantes, como gestação, histórico de trombose, alterações de coagulação e insuficiência renal grave, entre outras condições. Por isso, qualquer forma de uso oral deve ser prescrita e acompanhada por médico, enquanto no campo cosmético a orientação é ajustar a concentração ao tipo de pele e observar a resposta nas primeiras semanas.
Quais produtos usar e por que começar agora
O mercado de dermocosméticos já conta com séruns, cremes para contorno dos olhos, protetores solares e produtos para mãos formulados com ácido tranexâmico, muitas vezes associado a niacinamida, vitamina C e filtros de amplo espectro. Essa combinação permite tratar manchas, suavizar olheiras pigmentares e ajudar a prevenir novos focos de hiperpigmentação ligados ao sol e à inflamação.
Se você convive com melasma, manchas pós-acne ou marcas solares, este é o momento de agir: converse com um dermatologista, ajuste sua rotina com ácido tranexâmico e não abra mão do protetor solar diário. Cada dia sem tratamento é um dia a mais de pigmento se acumulando na pele — comece agora para ver a diferença nas próximas semanas.
Antes de iniciar o uso de qualquer produto com ácido tranexâmico, é fundamental consultar um médico ou dermatologista. Apenas um especialista pode avaliar o tipo de mancha, o histórico de saúde, possíveis sensibilidades e indicar a forma de uso mais segura e adequada para o seu caso, especialmente se houver intenção de utilizar o ativo por via oral ou em associações com outros ácidos.




