O Grupo Breithaupt, fundado em 1926 em SC, pediu falência em 2025 após não cumprir recuperação judicial. Com dívidas de R$ 35 milhões, prejuízo mensal e apenas três lojas ativas, encerrou quase um século de atuação.
O pedido de falência do Grupo Breithaupt, tradicional rede de supermercados e varejo de Santa Catarina, marcou o fim de uma trajetória iniciada em 1926. Em 2025, a empresa alegou inviabilidade financeira, acumulando dívidas milionárias e encerrando definitivamente suas operações.
Como surgiu o Grupo Breithaupt e qual foi sua importância?
Fundado em 1926, em Jaraguá do Sul, o Grupo Breithaupt começou como um negócio familiar e cresceu junto com o desenvolvimento econômico de Santa Catarina. Ao longo das décadas, a marca tornou-se símbolo de tradição, emprego e presença constante no cotidiano regional.
Com quase um século de atuação, o grupo ajudou a moldar hábitos de consumo e a impulsionar comunidades locais. Sua força estava na diversificação de negócios e na capacidade de acompanhar transformações do varejo, mantendo relevância por gerações.

Em quais segmentos o grupo atuou ao longo dos anos?
A consolidação do grupo no mercado catarinense ocorreu graças à atuação em diferentes frentes do varejo e serviços. Essa estratégia permitiu ampliar receitas e alcançar públicos variados, como pode ser visto nos principais segmentos abaixo.
- Supermercados: base histórica do grupo e principal porta de entrada da marca.
- Lojas e home centers: foco em materiais de construção, eletromóveis e varejo especializado.
- Shopping centers: empreendimentos que ampliaram a presença regional do grupo.
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Quais decisões marcaram a fase final do Grupo Breithaupt?
A partir da década de 2010, o grupo passou por mudanças estruturais importantes. Em 2013, vendeu suas unidades de supermercados para a Cooper, e, em 2016, negociou o shopping da rede com o Grupo Tenco, reduzindo sua presença direta no varejo alimentar.
Mesmo assim, a empresa seguiu investindo. Em 2015, inaugurou um home center em Timbó e, em 2018, abriu sua 23ª loja em Joinville. As iniciativas mantiveram empregos, mas não foram suficientes para reverter a perda de fôlego financeiro.

Por que o grupo pediu falência em 2025?
O cenário se tornou insustentável quando a empresa declarou não conseguir cumprir o plano de recuperação judicial. Em setembro de 2025, o grupo pediu autofalência, citando dívidas de cerca de R$ 35 milhões e prejuízo operacional mensal aproximado de R$ 165 mil, como detalhado a seguir.
- Dívidas acumuladas: passivo total estimado em R$ 35 milhões.
- Aportes frustrados: R$ 1,8 milhão esperados não foram efetivados.
- Estrutura reduzida: apenas três unidades ativas, 22 funcionários e receita mensal de R$ 475 mil.
Com pareceres favoráveis do administrador judicial e do Ministério Público, a falência deve ser confirmada, encerrando quase 100 anos de história e deixando um legado marcante no varejo catarinense.




