Muita gente acredita que só álcool ou refrigerantes óbvios fazem mal ao coração. O choque vem ao perceber que uma bebida comum do dia a dia, vista como inofensiva, pode prejudicar silenciosamente a saúde cardiovascular e exigir atenção imediata nas escolhas diárias.
Qual bebida cotidiana mais prejudica a saúde do coração?
Segundo o cardiologista Dr. Rafael Marchetti, membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o consumo frequente de refrigerantes e bebidas adoçadas industrializadas é um dos maiores vilões do coração, inclusive versões tradicionais e, em alguns casos, as diet.
Essas bebidas estão associadas ao aumento de inflamação sistêmica, ganho de peso, resistência à insulina, elevação da pressão arterial e maior risco de doenças cardiovasculares, especialmente quando fazem parte da rotina diária por longos períodos.
Por que bebidas açucaradas afetam tanto o organismo?
Bebidas com açúcar líquido provocam respostas metabólicas rápidas e intensas, sobrecarregando o corpo de forma silenciosa. Esse efeito ocorre mesmo quando o consumo parece moderado no cotidiano. Entre os principais impactos observados estão os seguintes.
LeiaTambém
- Picos de glicose e insulina: estimulam o acúmulo de gordura abdominal, diretamente ligado ao risco cardíaco
- Resistência metabólica: dificulta o controle do peso e favorece inflamação crônica
- Paladar condicionado ao doce: versões diet mantêm o hábito e estimulam consumo excessivo
Leia mais: O chá vermelho que ajuda no emagrecimento e melhora a saúde do coração
Outras bebidas aparentemente inofensivas também preocupam?
Além dos refrigerantes, outras opções vistas como saudáveis merecem cautela. Sucos industrializados, chás prontos e energéticos concentram açúcar, sódio ou estimulantes que elevam a frequência cardíaca e a pressão arterial.
O consumo frequente de bebidas alcoólicas também preocupa. Mesmo socialmente aceitas, elas podem contribuir para arritmias, hipertensão e enfraquecimento do músculo cardíaco quando ingeridas com regularidade ao longo dos anos.
A seguir separamos um vídeo do Dr. Marlon Batista explicando sobre os perigos do refrigerante, mais especificamente dos refrigerantes zero açúcar, no qual muitas pessoas consideram mais “saudável” que refrigerante normal.
@dr.marlonbatista 🚨 Atenção: Refrigerante zero é inimigo silencioso do seu coração! Um estudo publicado no Journal of the American College of Cardiology acompanhou mais de 100 mil pessoas e demonstrou que o consumo regular de refrigerantes adoçados artificialmente — como os “zero” ou “diet” — está associado a um maior risco de hipertensão, doenças cardiovasculares e até infarto. 📚 Referência científica: Debras C, et al. Artificial sweeteners and risk of cardiovascular diseases: results from the prospective NutriNet-Santé cohort. Journal of the American College of Cardiology. 2022;80(17):1572-1581. DOI: 10.1016/j.jacc.2022.07.042 👉 Refrigerante zero altera a microbiota intestinal, aumenta a resistência insulínica e engana seu cérebro, estimulando mais vontade de comer e prejudicando seu metabolismo. E não, não é porque tem “zero calorias” que é inofensivo. 💥 Cuidado com o que parece saudável, mas adoece por dentro. Compartilhe esse post com quem ainda acredita que refrigerante zero é uma boa escolha. Dr. Marlon Batista Médico Nutrólogo CRM: 4884/Se | RQE 5440 🔎 Esse conteúdo é informativo. Não substitui uma consulta médica.
♬ som original – dr.marlonbatista
Quais substituições ajudam a proteger o coração?
Cardiologistas indicam trocar gradualmente essas bebidas por opções que hidratam sem sobrecarregar o organismo. A adaptação progressiva facilita o paladar e reduz recaídas, como mostram as alternativas mais recomendadas a seguir.
- Água e água com gás: mantêm hidratação adequada e não interferem no metabolismo
- Água aromatizada e chás sem açúcar: oferecem sabor leve sem picos glicêmicos
- Café moderado e sucos naturais diluídos: preservam prazer com menor carga de açúcar
Proteger o coração passa por escolhas simples repetidas todos os dias. Trocar o que vai no copo pode ser uma das mudanças mais rápidas e eficazes para melhorar a saúde cardiovascular ao longo dos anos.