O uso crescente de redes sociais entre crianças acendeu um alerta entre pesquisadores. Um novo estudo indica que o contato frequente com essas plataformas pode afetar a atenção infantil ao longo do tempo. Redes sociais e concentração das crianças passaram a ser tema central de debates sobre saúde cognitiva.
O que o estudo revelou sobre atenção infantil?
Pesquisadores acompanharam mais de 8.300 crianças dos Estados Unidos, entre 9 e 13 anos, ao longo de quatro anos. Os dados mostraram que o aumento do tempo em redes sociais esteve diretamente associado à redução progressiva da capacidade de concentração.
Os resultados foram publicados na revista científica Pediatrics Open Science e indicaram que até mesmo o uso considerado moderado já apresentava impacto negativo. Com o passar do tempo, esse efeito se intensificou, sugerindo uma relação consistente entre exposição digital e atenção.

Por que as redes sociais afetam mais que outras telas?
Segundo os autores do estudo, as redes sociais possuem características únicas que favorecem distrações constantes. Notificações, mensagens e estímulos rápidos competem pela atenção da criança, criando um ambiente mental fragmentado. Entre os principais fatores apontados pelos pesquisadores estão os seguintes.
- Notificações frequentes: interrupções constantes quebram o foco e dificultam a atenção sustentada
- Antecipação de mensagens: a expectativa por novas interações gera distração mesmo fora da tela
- Estímulos rápidos e variados: conteúdos curtos e sucessivos treinam o cérebro para alternar atenção rapidamente
O uso de redes sociais pode explicar mais diagnósticos de TDAH?
O estudo sugere que o crescimento no uso de redes sociais pode explicar parte do aumento recente nos diagnósticos de TDAH em crianças. No entanto, os pesquisadores destacam que apenas a desatenção aumentou, sem avanço em hiperatividade ou impulsividade.
De acordo com Torkel Klingberg, professor de neurociência cognitiva do Instituto Karolinska, as distrações mentais constantes afetam a capacidade de manter o foco. Ele explica que o simples pensamento sobre mensagens recebidas já atua como fator de dispersão.
Separamos um vídeo do especialista Dr. Sergio Reis onde é explicado os riscos do vício do celular em crianças pequenas e como isso pode afetar o desenvolvimento do cérebro.
@drsergioreis Título: 🚨 O perigo invisível das telas na infância! Legenda: As telas fazem parte da nossa rotina, mas o uso precoce pode trazer danos irreversíveis ao cérebro das crianças! 📱⚠️ Estudos mostram que a exposição excessiva a celulares, tablets e videogames pode prejudicar o desenvolvimento neurológico, impactando: ❌ Déficit de atenção e dificuldade de aprendizado ❌ Aumento da ansiedade, depressão e agressividade ❌ Atrasos na linguagem e dificuldades na socialização 👶 O que fazer para proteger as crianças? ✅ Evitar telas até os 12 anos. ✅ Supervisionar e limitar o tempo de exposição. ✅ Estimular brincadeiras ao ar livre, leitura e aprendizado real. ✅ Incentivar atividades físicas para um desenvolvimento saudável. 📢 A infância precisa de experiências reais, não de telas! Faça escolhas conscientes e proteja o futuro dos seus filhos. 💬 Você sabia dos riscos? Comente aqui! #infanciasaudavel #telasnainfancia #desenvolvimentoinfantil #neurodesenvolvimento #criancassemcelular #tecnologia #comportamentoinfantil #familiasaudavel #educacaoinfantil #crescersaudavel #limitetelas #rotinainfantil #paisefilhos #vidasaudavel #bemestardigital #cerebroinfantil #saudemental ♬ som original – Dr.Sergio Reis
O problema está ligado ao perfil social ou genético?
Uma descoberta relevante do estudo é que a relação entre redes sociais e desatenção não variou conforme renda, contexto familiar ou predisposição genética ao TDAH. Isso reforça que o impacto cognitivo das redes sociais ocorre de forma ampla.
Além disso, crianças que já tinham dificuldades de concentração não passaram a usar mais redes sociais ao longo do tempo. Esse dado indica que o uso das plataformas precede a perda de atenção, e não o contrário.
O que pais e educadores podem fazer diante disso?
Diante das evidências, pesquisadores defendem decisões mais conscientes sobre o consumo digital infantil. Limitar o tempo em redes sociais e incentivar atividades sem telas são caminhos apontados. Algumas orientações práticas ajudam nesse equilíbrio saudável.
- Definir limites diários claros: reduzir o tempo contínuo de uso ajuda a preservar a atenção
- Estimular atividades offline: leitura, esportes e brincadeiras favorecem foco prolongado
- Acompanhar o uso digital: conversar sobre conteúdo e hábitos cria consciência e autorregulação




