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Loja de tecidos entra na mira da Justiça após exigir “inocentes” sete minutos antecipados de seus funcionários

André Rangel  Por André Rangel 
10/12/2025
Em Economia, Notícias
Empresas entram na mira por minutos não registrados

Empresas entram na mira por minutos não registrados

Em um pequeno comércio têxtil no interior da França, uma diferença de poucos minutos entre a chegada real dos funcionários e o horário oficial de abertura virou caso de acusação de trabalho dissimulado. O episódio, ocorrido na região do Loire, mostra como rotinas consideradas banais, como “chegar um pouco antes para preparar tudo”, podem hoje ser tratadas pela fiscalização como infrações graves ao direito do trabalho, com impacto direto em salários, encargos sociais e até responsabilização penal do empregador.

O que é considerado trabalho dissimulado no direito do trabalho francês

A expressão trabalho dissimulado não se limita a situações “sem contrato” ou “sem registro”. A legislação inclui todo período em que o trabalhador exerce atividade em benefício do empregador sem que esse tempo seja devidamente declarado e remunerado, ainda que se trate de poucos minutos de preparação.

No comércio da Loire, os funcionários eram orientados a chegar alguns minutos antes das 10h para ligar equipamentos, organizar o caixa e preparar o ambiente de vendas. Esse tempo, não registrado em nenhum sistema, foi reconhecido pela Inspeção do Trabalho como tempo efetivo de serviço, abrindo processo com possível enquadramento penal em trabalho dissimulado.

Trabalho invisível vira acusação séria na França

Por que cada minuto de tempo de trabalho precisa ser contabilizado

De acordo com o direito do trabalho francês e de vários países europeus, cada minuto trabalhado deve ser contabilizado, inclusive para preparar o posto de trabalho, organizar estoque ou abrir um ponto de venda. Quando esses períodos não aparecem nos registros, cria-se um descompasso entre a jornada real e a jornada declarada às autoridades.

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Essa subdeclaração, ainda que pareça pequena, afeta o cálculo de salários, férias, contribuições sociais e eventuais horas extras. Em um contexto de cruzamento digital de dados trabalhistas e fiscais, minutos “não registrados” tendem a ser detectados com mais frequência e tratados como fraude.

Como minutos aparentemente insignificantes viram um problema jurídico real

No processo do comércio têxtil, o Ministério Público destacou o efeito acumulado de 5 a 10 minutos diários, que podem chegar a cerca de 80 minutos não declarados por mês por trabalhador. Esse montante, repetido continuamente, deixa de ser um ajuste informal e passa a configurar um verdadeiro método de organização do trabalho.

Nesse cenário, os minutos “invisíveis” ganham relevância jurídica e econômica. Eles podem reduzir remunerações devidas, distorcer direitos trabalhistas e diminuir a base de encargos sociais, reforçando a percepção de uma estratégia de subdeclaração de jornada perante a justiça e a fiscalização.

Quais são os principais riscos do trabalho dissimulado para o empregador

Quando um caso de trabalho dissimulado chega ao tribunal, as consequências vão além de uma advertência administrativa. No episódio do Loire, o Ministério Público requereu multa financeira, com parte eventualmente suspensa, e o julgamento ficou marcado para o fim de janeiro, com possibilidade de repercussões penais e civis.

Minutos extras antes do expediente viram caso grave
Minutos extras antes do expediente viram caso grave

Além das sanções, o empregador pode ser obrigado a regularizar salários, pagar contribuições sociais retroativas e revisar o controle de jornada. Entre as consequências mais frequentes, destacam-se:

  • pagamento retroativo do tempo não remunerado, com reflexos em férias e outros direitos;
  • cobrança de cotizações sociais sobre as horas reconhecidas posteriormente;
  • fiscalizações adicionais para verificar o histórico de registros de ponto;
  • necessidade de revisar contratos, regulamentos internos e práticas de gestão de pessoal.

Como evitar que minutos de preparação sejam qualificados como trabalho dissimulado

A situação observada na Loire serve de alerta para pequenas e médias empresas, sobretudo no comércio e em serviços que exigem preparação de ambientes antes do atendimento ao público. Tarefas como abrir persianas, ligar sistemas, organizar vitrines e conferir o caixa fazem parte do tempo de trabalho efetivo e devem ser tratadas como tal nos registros.

Medidas simples, como ajustar formalmente os horários, utilizar sistemas de ponto confiáveis, evitar acordos informais de compensação e treinar gestores sobre regras de jornada, reduzem significativamente o risco jurídico. Uma política clara de registro de todo o tempo trabalhado é hoje um elemento essencial de gestão e de proteção tanto para a empresa quanto para seus funcionários.

Por que nenhum minuto de trabalho pode ser invisível hoje

Casos como o do comércio têxtil no Loire evidenciam que a fronteira entre um “quebra-galho” antes da abertura e o travail dissimulé é bem mais rígida do que muitos empreendedores imaginam. A partir do momento em que a preparação de um espaço comercial se torna rotina exigida, esse tempo ganha valor jurídico explícito e entra no radar das inspeções.

Em um cenário de controles frequentes e cruzamento digital de dados, ignorar alguns minutos diários pode custar caro em multas, retroativos e dano à reputação. Se sua empresa ainda trata a preparação de jornada de forma informal, o momento de agir é agora: revise horários, formalize procedimentos e implemente um controle de ponto sólido antes que esses minutos “invisíveis” se transformem em um processo com impacto real no seu negócio.

Tags: direito do trabalhadorEmpregadorfiscalizaçãojornada de trabalhotrabalho

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