Brasileiros que apostam na Mega-Sena, Lotofácil e outras loterias oficiais seguem na mira de um golpe já conhecido, mas ainda muito presente nas ruas do país: o golpe do falso bilhete premiado, que mistura promessa de dinheiro fácil, pressão emocional e uso do nome da Caixa Econômica Federal para enganar especialmente idosos e pessoas com pouca familiaridade com serviços bancários e digitais.
Como funciona o golpe do falso bilhete premiado na Mega-Sena e Lotofácil
O golpe do falso bilhete premiado segue um roteiro bem definido, quase sempre com mais de uma pessoa envolvida. O primeiro golpista se apresenta como alguém simples, com pouca instrução ou de origem rural, alegando ter ganhado na loteria e não saber como sacar o prêmio.
Ele mostra um bilhete cheio de números marcados, conta uma história de dificuldade e pede ajuda, buscando gerar empatia. Em seguida, entra em cena um segundo cúmplice, bem-vestido, que “confirma” o prêmio e propõe dividir o valor mediante uma garantia em dinheiro, joias ou bens, desaparecendo depois com tudo.

Por que Mega-Sena e Lotofácil são usadas com frequência nesse golpe
A palavra-chave principal nesse contexto é golpe do falso bilhete premiado, diretamente ligada às loterias mais populares do país. A Mega-Sena tem forte apelo por causa dos prêmios milionários, enquanto a Lotofácil é vista como uma loteria “mais fácil de ganhar”.
Os golpistas exploram esse imaginário e a confiança nas Loterias Caixa, tornando crível a ideia de um bilhete realmente premiado. Além disso, muitos brasileiros ainda circulam com dinheiro vivo após saques de salários, aposentadorias ou benefícios, o que facilita a abordagem.
Quais são as principais vítimas e sinais de alerta do golpe
Embora qualquer apostador possa ser abordado, o golpe atinge com mais frequência idosos, aposentados que saem de bancos com dinheiro e pessoas com pouco acesso à informação digital. Muitas vítimas não têm o hábito de checar notícias, aplicativos oficiais ou sites da Caixa.
Alguns sinais aparecem de forma recorrente nesses casos e ajudam a identificar situações suspeitas com antecedência, evitando prejuízos e constrangimentos:
- Abordagem repentina na rua por alguém com um bilhete da Mega-Sena ou Lotofácil na mão.
- História dramática envolvendo fé, doença, dificuldades financeiras ou falta de instrução.
- Entrada de um terceiro indivíduo bem-vestido, que “confirma” a veracidade do prêmio.
- Oferta de divisão de um valor alto com uma pessoa desconhecida.
- Pressa para resolver tudo na hora, com frases que indicam urgência.
- Pedido de dinheiro, joias, cartão, celular ou saque bancário como “garantia”.

Como a Caixa paga prêmios e quais cuidados ajudam a se proteger
A Caixa Econômica Federal reforça que prêmios das Loterias Caixa, como Mega-Sena e Lotofácil, só são pagos em canais oficiais: casas lotéricas credenciadas ou agências da Caixa, conforme o valor do prêmio. Não existe cobrança de taxa antecipada, Pix, transferência ou depósito para liberar o pagamento.
Também não há venda legítima de bilhete já premiado na rua. Para se proteger, é essencial manter distância de propostas “boas demais para ser verdade”, sempre conferir o jogo diretamente na lotérica ou aplicativo oficial e nunca entregar bens, senhas ou cartões a desconhecidos.
O que fazer se já caiu no golpe do falso bilhete premiado
Quando a fraude envolvendo Mega-Sena, Lotofácil ou outra loteria já aconteceu, cada minuto conta para tentar reduzir o prejuízo. A orientação é registrar boletim de ocorrência o quanto antes, de preferência em delegacia especializada em crimes patrimoniais ou financeiros, e acionar imediatamente o banco para tentar bloquear operações.
Guarde comprovantes, extratos, recibos, mensagens e anote detalhes sobre local, horário e características dos envolvidos. Compartilhe o caso com familiares, vizinhos e grupos da sua comunidade e alerte principalmente idosos: denuncie, informe e aja hoje mesmo para evitar que mais pessoas sejam enganadas pelo golpe do falso bilhete premiado.




