Manter o Cadastro Único atualizado é uma exigência para famílias que recebem benefícios sociais do governo federal, como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica e Benefício de Prestação Continuada. Mesmo sem acesso ao aplicativo oficial, é possível fazer a atualização dos dados por outros caminhos, desde que algumas orientações básicas sejam seguidas e a família esteja atenta aos prazos.
O que é o Cadastro Único?

O Cadastro Único é um registro mantido pelo governo federal que reúne informações sobre famílias de baixa renda em todo o país. Com base nesses dados, diferentes programas sociais identificam quem tem direito aos benefícios e calculam valores de forma adequada.
A atualização é necessária sempre que houver mudanças importantes, como nascimento ou saída de um morador, mudança de endereço, alteração de renda, troca de escola ou estado civil. Mesmo sem alterações, recomenda-se revisar os dados pelo menos a cada dois anos para evitar bloqueios indevidos. Em alguns casos, o próprio município pode convocar famílias para revisão cadastral em datas específicas, o que também deve ser respeitado para não perder benefícios.
Como atualizar sem o app?
Quem não consegue acessar o aplicativo do Cadastro Único, seja por falta de celular compatível, internet ou dificuldades de uso, pode fazer a atualização por meio do atendimento presencial. Em muitos municípios, essa ainda é a principal forma de manter o cadastro em dia.
De forma geral, o procedimento costuma seguir estes passos básicos, que podem variar levemente conforme o município:
- Identificar o responsável familiar já cadastrado no sistema;
- Separar documentos obrigatórios de todos os moradores;
- Localizar o posto de atendimento do Cadastro Único ou do CRAS mais próximo;
- Verificar se é necessário agendar horário;
- Comparecer ao local para entrevista e atualização dos dados.
Em alguns locais, há ainda atendimento itinerante, realizado em escolas, associações de bairro ou unidades de saúde em datas definidas pela prefeitura, o que facilita o acesso de famílias que moram em áreas rurais ou distantes do centro.
Quais documentos levar?
Para manter o CadÚnico atualizado, geralmente é exigida a presença do responsável pela família, com pelo menos 16 anos, preferencialmente mulher, portando CPF ou título de eleitor. Os demais membros também devem ter seus documentos apresentados, mesmo que não compareçam ao local.
Além dos documentos pessoais, é importante levar comprovantes de endereço e, sempre que possível, de renda, pois essas informações ajudam na análise dos programas sociais. Quando faltar algum documento, o servidor poderá orientar sobre prazos e formas de complementar os dados.
- Responsável familiar: CPF ou título de eleitor e, quando possível, documento com foto;
- Demais moradores: CPF, certidão de nascimento ou casamento, RG, carteira de trabalho ou outro documento oficial;
- Comprovante de residência: conta recente de luz, água ou outro documento que comprove o endereço;
- Comprovação de renda: contracheques, extratos, declarações de trabalho informal ou outros registros disponíveis.
Em casos de famílias em situação de rua ou em moradias informais, o comprovante de endereço pode ser substituído por declaração emitida pelo serviço socioassistencial ou por entidades parceiras, seguindo as orientações do município.
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Onde é feito o atendimento?
O atendimento para atualização do Cadastro Único costuma ser realizado em locais administrativos mantidos pelas prefeituras. Em geral, o registro é feito nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) ou em setores específicos de cadastro, ligados à secretaria municipal de assistência social.
Para encontrar o endereço e as formas de atendimento, a família pode utilizar diferentes canais oficiais do município ou dos programas sociais que recebe, sempre confirmando horários e necessidade de agendamento.
Algumas prefeituras também divulgam essas informações em rádios comunitárias, sites oficiais, redes sociais e cartazes em postos de saúde e escolas, facilitando que as famílias saibam onde e quando procurar atendimento.
Quando preciso atualizar?

Mesmo sem o aplicativo, há sinais claros de que o cadastro pode estar desatualizado. Programas como o Bolsa Família costumam enviar avisos no extrato de pagamento, no comprovante impresso ou em comunicados oficiais quando identificam necessidade de revisão.
Situações como bloqueio temporário, mudança recente na composição familiar ou mais de dois anos sem recadastro indicam que é hora de procurar o CRAS ou setor do Cadastro Único. Nessas situações, a regularização rápida evita suspensão ou cancelamento definitivo de benefícios. Sempre que houver qualquer alteração importante na vida da família, o ideal é não esperar a convocação: procurar o atendimento o quanto antes reduz o risco de atrasos nos pagamentos.
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Que cuidados devo ter?
Ao atualizar o Cadastro Único presencialmente ou por outros canais, é fundamental garantir que as informações sejam verdadeiras e coerentes. Dados incorretos podem gerar análises adicionais, pedidos de comprovação e até suspensão temporária de benefícios.
Alguns cuidados simples ajudam a tornar o processo mais rápido e seguro, além de reduzir o risco de erros no sistema:
- Levar todos os documentos disponíveis, mesmo que não sejam exigidos em todos os casos;
- Informar com clareza a renda de todas as fontes, inclusive trabalhos informais e temporários;
- Atualizar telefones de contato, endereço completo e pontos de referência para visita domiciliar;
- Guardar protocolos, comprovantes de atendimento e formulários recebidos no posto;
- Consultar periodicamente o setor responsável em caso de dúvidas sobre a situação do cadastro.
Também é importante informar sempre que algum morador começar ou parar de receber benefícios previdenciários, pensões, auxílios temporários ou qualquer outro rendimento, pois isso pode alterar o enquadramento da família nos programas sociais.




