O noticiário financeiro ganhou um novo protagonista: o BC Protege Mais, serviço do Banco Central criado para tentar frear golpes e fraudes no sistema financeiro, dando mais controle para quem tem conta em banco e fechando brechas usadas por criminosos, especialmente em operações digitais e no uso indevido de contas bancárias.
O que é o BC Protege Mais e por que o Banco Central criou esse serviço?

O BC Protege Mais é um serviço do Banco Central voltado a aumentar a segurança de clientes de bancos em meio ao avanço dos golpes financeiros. A ferramenta foca na prevenção de fraudes na abertura de contas e no uso indevido de dados pessoais em instituições financeiras, cenário que cresce com o acesso digital aos serviços bancários.
Segundo o Banco Central, a ideia é que o sistema funcione como uma camada extra de proteção, permitindo que a pessoa ative um bloqueio preventivo para evitar que terceiros utilizem seus dados de forma indevida. Em vez de agir apenas depois que o golpe acontece, o BC Protege Mais busca impedir que ele tenha início.
Como o BC Protege Mais evita abertura de contas falsas em nome dos clientes?
Um dos pontos centrais do BC Protege Mais é a possibilidade de bloquear a abertura de novas contas bancárias em nome do cliente sem a sua autorização. Esse recurso atinge diretamente golpes em que criminosos usam documentos roubados ou vazados para criar contas fantasmas, usadas para movimentar dinheiro de origem duvidosa.
O serviço também permite restringir a inclusão do nome da pessoa como titular ou representante em contas de terceiros, prática comum em esquemas que transformam vítimas em “laranjas” sem que elas percebam. Com o bloqueio ativado, o cliente ganha um filtro adicional, dificultando esse tipo de manobra criminosa.
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Quais são as principais funções do BC Protege Mais na prática?
Na prática, o BC Protege Mais funciona como um escudo digital que o cliente pode ativar para travar determinados tipos de operações em seu nome. Esse tipo de ferramenta acompanha a digitalização dos bancos, em que quase tudo é feito online, ampliando tanto a conveniência quanto o campo de ação de golpistas.
Para tornar mais claro como o serviço atua no dia a dia, o Banco Central destaca algumas funções específicas voltadas à prevenção de fraudes recorrentes e ao reforço da segurança nas relações entre clientes e instituições:
- Bloqueio de abertura de novas contas em instituições financeiras sem autorização do titular.
- Impedimento da inclusão da pessoa como titular ou representante em contas de terceiros.
- Redução do uso de “laranjas” em esquemas de lavagem de dinheiro e ocultação de valores.
- Reforço da checagem de dados pelas instituições antes de aceitar novos cadastros.
- Aumento da rastreabilidade das operações, apoiando investigações e monitoramento de fraudes.
O que muda nas operações via Pix com as novas regras do Banco Central?

Além do lançamento do BC Protege Mais, o Banco Central publicou novas regras para o Pix, hoje o meio de pagamento instantâneo mais usado nas transações cotidianas. O foco é o uso irregular da chamada conta bolão, um tipo de conta permitido para algumas empresas, mas que passou a ser explorado em esquemas criminosos.
A conta bolão é criada para concentrar valores de vários pagadores em uma única conta, o que facilita a gestão de recebimentos de empresas e serviços legítimos. O problema é que esse modelo também passou a ser usado para movimentar grandes quantias de dinheiro e tentar ocultar a origem ilícita dos recursos, dificultando o rastreio das transações pelas autoridades.
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Por que a conta bolão se tornou alvo do crime organizado?
O interesse do crime organizado na conta bolão está ligado à facilidade de concentrar dinheiro vindo de várias pessoas em um só lugar, com grande volume de transações via Pix em pouco tempo. Nesse contexto, a conta funciona como um funil para recursos de origens diferentes, o que pode confundir o rastreamento dos valores e atrasar a identificação de fraudes ou lavagem de dinheiro.
Com isso, as novas regras do Banco Central procuram limitar esse tipo de uso e tornar essa modalidade de conta mais transparente. Para quem acompanha o tema da segurança financeira, alguns riscos típicos da conta bolão ajudam a entender por que ela entrou de vez no radar das autoridades e exigiu medidas adicionais de supervisão.
Como BC Protege Mais e novas regras do Pix reforçam a segurança financeira?
Com o BC Protege Mais e as novas regras do Pix, o Banco Central sinaliza um esforço para apertar o cerco contra fraudes, lavagem de dinheiro e uso indevido de dados pessoais. Ao combinar bloqueios preventivos, melhor checagem cadastral e maior rastreabilidade das operações, a autoridade monetária busca reduzir brechas sistêmicas exploradas por golpistas.
Para quem se interessa por dinheiro, tecnologia e segurança, esse é um campo em constante evolução, que deve trazer novas ferramentas de proteção, mudanças regulatórias frequentes e impacto direto na forma como pessoas e empresas usam o sistema financeiro digital no dia a dia.




