Estudos recentes têm evidenciado a relação entre mudanças familiares significativas, como o Divórcio ou a separação dos pais, e o risco aumentado de desenvolvimento de psoríase em crianças. Pesquisas realizadas na Universidade de Linköping, na Suécia, exploraram como o estresse proveniente de turbulências familiares pode impactar a saúde infantil a longo prazo. A psoríase, uma condição autoimune da pele, é caracterizada por erupções cutâneas escamosas, causadas por um crescimento celular rápido anômalo.
O estudo acompanhou mais de 16.000 crianças, observando fatores de estresse enfrentados nas idades de 1, 3, 5 e 8 anos. Dentre essas crianças, 121 foram eventualmente diagnosticadas com psoríase. Os achados revelaram que crianças que sofreram mudanças significativas na estrutura familiar durante o primeiro ano de vida apresentaram um risco três vezes maior de desenvolver a doença. Eventos como Divórcio, separação ou a morte de um dos pais geram insegurança e medo, tornando-as mais vulneráveis.

Por que o primeiro ano de vida é crucial?
A vulnerabilidade das crianças ao estresse no primeiro ano de vida deve-se, em parte, ao seu desenvolvimento emocional e cognitivo nesta fase crítica. A capacidade de uma criança de formar vínculos seguros é essencial para seu bem-estar psicológico. Portanto, os distúrbios familiares que perturbam esse processo podem ter impactos duradouros. Além disso, o estresse é conhecido por afetar negativamente o sistema imunológico, facilitando o desenvolvimento de condições autoimunes como a psoríase.
Quais são os efeitos do estresse infantil no desenvolvimento da psoríase?
O estresse intenso pode desencadear uma série de respostas biológicas que afetam a saúde a longo prazo. No caso de crianças, a exposição contínua ao estresse pode influenciar negativamente a função imunológica, resultando em um estado de inflamação crônica que pode predispor ao desenvolvimento de psoríase. A relação entre estresse e doenças autoimunes é complexa e ainda objeto de estudo, mas a hipótese sugere que eventos estressantes iniciais podem ter efeitos permanentes.
Como minimizar os impactos de mudanças familiares?
Diante dos riscos associados, é essencial que os envolvidos na vida das crianças, como pais, cuidadores e educadores, adotem práticas que promovam um ambiente seguro e estável. Estratégias incluem:
- Comunicação aberta e honesta, adaptada à idade da criança.
- Manutenção de rotinas regulares para proporcionar previsibilidade.
- Apoio emocional contínuo e disponibilidade para conversar sobre os sentimentos da criança.
- Intervenção profissional se necessário, como aconselhamento psicológico para a criança e/ou pais.
Com a conscientização e o suporte adequados, é possível atenuar os efeitos negativos que mudanças como o Divórcio podem acarretar. O foco no bem-estar emocional das crianças durante esses períodos sensíveis é vital para sua saúde a longo prazo, ajudando a prevenir a manifestação de condições relacionadas ao estresse.
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Dra. Anna Luísa Barbosa Fernandes
CRM-GO 33.271




