Em maio de 2025, foi reportado pelo Banco Central que cidadãos brasileiros recuperaram aproximadamente R$ 315 milhões em quantias esquecidas em instituições financeiras. Esse processo ocorre através do Sistema de Valores a Receber (SVR), um serviço disponibilizado pela instituição para facilitar o acesso a esses recursos. Desde sua implementação, o sistema já restituiu cerca de R$ 10,7 bilhões, com ainda R$ 10,1 bilhões aguardando resgate pelos titulares.
O SVR é uma ferramenta crucial que permite que indivíduos, empresas e herdeiros identifiquem fundos não reclamados. O acesso ao sistema é direto e dispensa autenticação inicial, necessitando apenas do CPF e data de nascimento para pessoas físicas, ou CNPJ e data de estabelecimento para empresas, inclusive as que foram encerradas.
Explorando o resgate de valores esquecidos

A recuperação dos montantes identificados pelo sistema exige uma conta Gov.Br nos níveis prata ou ouro, além de autenticação em duas etapas. Os cidadãos têm duas alternativas para efetuar o resgate: podem entrar diretamente em contato com a instituição financeira detentora do valor ou proceder com o pedido através do próprio Sistema de Valores a Receber.
Para acessar recursos pertencentes a indivíduos já falecidos, o interessado deve possuir algum tipo de representação legal, como herdeiro, testamenteiro ou inventariante. Da mesma forma, valores de empresas que já encerraram suas atividades podem ser recuperados mediante a assinatura de um termo formal, através de uma conta pessoal Gov.br.
O impacto da função de resgate automático
Em um movimento para simplificar o processo, o Banco Central introduziu uma função de resgate automático de valores. Assim, ao serem identificados fundos por alguma instituição, o crédito é emitido diretamente para a conta do titular, desde que possua uma chave Pix associada ao seu CPF. Este serviço visa beneficiar pessoas físicas, simplificando o processo sem requerer ações manuais frequentes e é opcional.
- Depósitos de contas correntes ou poupança que foram encerradas.
- Fundos de capital e distribuição de sobras para associados de cooperativas de crédito extintas.
- Consórcios inativos cujos recursos não foram recuperados.
- Taxas e despesas de crédito cobradas indevidamente.
- Contas de pagamento que foram finalizadas.
- Quantias adicionais retidas por instituições financeiras.
Entendendo o baixo índice de resgate por beneficiários
Relatórios indicam que uma boa parte dos beneficiários ainda não requisitaram seus valores, devido principalmente às quantias serem de menor expressão. No final de maio, quantias inferiores a R$ 10 compunham a maior fatia dos valores disponíveis, seguidas por cifras que variam entre R$ 10,01 e R$ 100. O Banco Central já restituiu valores a mais de 31 milhões de correntistas, mas um número superior de 48 milhões ainda não foram resgatados.
Medidas preventivas contra golpes e fraudes
O Banco Central alerta sobre fraudes relacionadas ao resgate de valores, onde golpistas se posicionam como intermediários. É importante frisar que o serviço é inteiramente gratuito e o Banco Central não entra em contato com indivíduos para solicitar informações pessoais ou enviar links. O próprio cidadão deve estar atento e nunca fornecer suas senhas ou dados confidenciais, visto que ninguém está autorizado a fazer tais solicitações em nome do Banco Central.