O câncer de pâncreas é um dos tumores mais agressivos e difíceis de identificar cedo, mas especialistas apontam sinais que podem antecipar o diagnóstico. Dois sintomas específicos têm ganhado atenção por surgirem antes de manifestações avançadas.
Por que o câncer de pâncreas é tão difícil de identificar cedo?
Segundo o Dr. Julio Iglesias-García, da Fundação Espanhola de Doenças Digestivas, a medicina ainda enfrenta grandes desafios no diagnóstico precoce desse tumor. Mesmo com avanços em exames de imagem, a suspeita inicial continua sendo o principal obstáculo.
O especialista explica que a falta de sintomas evidentes impede que casos de câncer pancreático sejam detectados a tempo. Por isso, ele destaca a importância de capacitar profissionais da atenção primária, radiologistas e gastroenterologistas para reconhecerem padrões iniciais.

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Quais são os sintomas que podem ser sinais de alerta antecipado?
Entre os indícios mais relevantes, especialistas destacam alterações metabólicas inesperadas, especialmente em pessoas sem fatores tradicionais de risco. Para entender melhor esses alertas, veja abaixo os sintomas citados pelo Dr. Iglesias-García:
- Diabetes súbita em pessoas magras e fora do perfil típico de diabetes tipo 2.
- Perda de peso abrupta associada a descontrole repentino do diabetes já diagnosticado.
Como fatores de risco influenciam no desenvolvimento do tumor?
O histórico familiar e certas mutações genéticas elevam consideravelmente o risco de desenvolver esse tipo de câncer, segundo o especialista. Revisar esses dados em consultas pode antecipar sinais antes mesmo dos primeiros sintomas surgirem.
Além disso, hábitos como tabagismo e consumo excessivo de álcool aumentam a probabilidade de formação do tumor pancreático. O especialista lembra que muitos pacientes são fumantes ocasionais, o que reforça a importância de acompanhamento contínuo.

Que exames e tratamentos ajudam a identificar e controlar a doença?
Para ampliar as chances de diagnóstico precoce, médicos recorrem ao ultrassom endoscópico, técnica indicada pelo especialista como a mais eficaz nos estágios iniciais. Entender os exames e cuidados disponíveis ajuda pacientes e familiares a saber o que esperar:
- Ultrassonografia endoscópica para detectar tumores pequenos e orientar biópsias.
- Tomografia e ressonância para complementar a investigação e mapear a extensão.
- Tratamento individualizado com quimioterapia e suporte para dor e nutrição.




