No cenário econômico atual, a notícia de que brasileiros ainda têm R$ 9,7 bilhões esquecidos em bancos chama a atenção e lança luz sobre uma questão de educação financeira relevante. Esse valor expressivo segue parado em instituições financeiras, à espera do resgate por parte de seus legítimos donos, sejam pessoas físicas ou jurídicas. Segundo o Banco Central, a falta de conhecimento sobre o sistema Valores a Receber é uma das principais barreiras para a recuperação desses recursos, perpetuando uma situação de dormência financeira que pode ser revertida de modo simples.
Como funciona o sistema Valores a Receber?

O Banco Central criou o sistema online Valores a Receber para facilitar tanto a consulta como o resgate de valores esquecidos em bancos e demais instituições financeiras. A navegação é inteiramente digital, garantindo segurança e praticidade ao usuário. Todo o processo inicia com a consulta dos valores por meio do CPF ou CNPJ no site oficial do Banco Central.
Após a consulta, o usuário deve acessar o sistema com a conta gov.br (nível prata ou ouro). O sistema então exibe informações detalhadas e orienta o solicitante desde a verificação dos valores até a solicitação do resgate. O serviço é gratuito e também pode ser acessado por dispositivos móveis, trazendo mais comodidade e rapidez para os cidadãos de todas as regiões do país.
Quais os passos para resgatar valores esquecidos?
Fazer o resgate do dinheiro é simples e pode ser realizado em poucas etapas, sem grandes burocracias. Primeiro, é fundamental acessar o site do Banco Central e fazer a pesquisa utilizando os dados pessoais. A seguir, o usuário identifica se possui valores disponíveis para resgate e entra no sistema com sua conta gov.br.
Em seguida, uma etapa importante para garantir segurança e agilidade é o registro de uma chave Pix. Para esclarecer o processo, confira a sequência:
- Consultar valores disponíveis com CPF ou CNPJ no site oficial;
- Entrar com conta gov.br prata ou ouro;
- Concordar com os termos apresentados pelo sistema;
- Verificar o montante e a instituição de origem;
- Registrar uma chave Pix para receber a transferência em até 12 dias úteis.
Vale destacar que, caso o beneficiário não tenha chave Pix, o sistema orienta alternativas para o pagamento, como transferência tradicional, embora a recomendação do Banco Central seja priorizar o Pix para maior agilidade.
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Qual impacto do resgate para economia?

O resgate de R$ 9,7 bilhões representa um aporte considerável na economia nacional em momentos de instabilidade. Ao serem reintegrados à economia real, esses valores ajudam a melhorar as finanças familiares e oferecem estímulo para o comércio e serviços.
Além disso, muitos brasileiros utilizam os valores resgatados para pagar dívidas, investir ou consumir, o que gera um efeito multiplicador na economia. Esse movimento pode ser essencial para estimular a recuperação econômica em momentos de incerteza. Vale lembrar que especialistas também ressaltam que a circulação desses recursos pode auxiliar pequenos negócios e fomentar o crescimento regional em cidades do interior do país.
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Por que muitos ainda não resgataram valores?
Embora haja campanhas e incentivos, grande parte da população ainda deixa de resgatar valores por acreditarem que são montantes irrelevantes ou por receio de burocracia. Especialistas destacam que até pequenas quantias podem ajudar no orçamento mensal ou em planos futuros.
Diante disso, investir em conscientização e educação financeira é fundamental para ampliar o acesso e o interesse dos brasileiros ao programa, promovendo o uso responsável desse recurso já disponível. Fontes oficiais reforçam ainda a importância de conferir os canais corretos na hora de buscar informações, para evitar golpes e garantir a segurança dos dados pessoais.




